Fatores que contribuem com a não adesão aos medicamentos imunossupressores tacrolimus e ciclosporina em pacientes transplantados de fígado: uma revisão de literatura

Abstract

O fígado, apesar de apresentar-se bastante ativo, é um órgão muito sensível e acometido por várias doenças. O transplante é indicado quando a alteração do tecido hepático for muito grave e irreversível. Tão importante quanto o transplante de fígado é o uso racional dos medicamentos imunossupressores. Estes são usados para evitar que o sistema imunológico rejeite o fígado transplantado. O objetivo desse estudo foi avaliar as evidências científicas disponíveis na literatura sobre os fatores que contribuem para não adesão aos medicamentos imunossupressores tacrolimus e ciclosporina em pacientes transplantados de fígado, bem como evidenciar os principais grupos de risco para não aderência à terapêutica. Os artigos foram selecionados através de pesquisas realizadas em bases de dados LILACS, PUBMED, SCIELO e MEDLINE, sendo referenciados, somente, artigos publicados entre os anos 2000 e 2015. Utilizou-se como estratégia de busca os termos: adesão a farmacoterapia imunossupressora, tacrolimus, ciclosporina e transplante de fígado; associada aos termos: farmacologia clínica, farmacoterapia imunossupressora para levantar as produções científica. A pesquisa revelou potencias fatores de risco para não adesão, sendo que os principais foram: pacientes de menor idade, tempo maior de transplante, baixo nível escolar, insatisfação com o serviço de saúde, dentre outros. Diante da identificação dos maiores grupos de risco, os profissionais da saúde podem promover ações e programações de intervenções com o objetivo de aumentar a aderência e minimizar as manifestações de rejeição. Pretende-se com esse estudo, efetivamente, contribuir para a compreensão da terapêutica do paciente transplantado de fígado, a qual quando feita de maneira inadequada ou insuficiente, contribui para o comprometimento dos resultados clínicos. ________________________________________________________________________________________ The liver, although present themselves very active, it is a very sensitive organ and affected by various diseases. The transplant is indicated when the change of liver tissue is severe and irreversible. As important as the liver transplantation is the rational use of immunosuppressive drugs. These are used to prevent the immune system rejects the transplanted liver. The aim of this study was to evaluate the scientific evidence available in the literature on the factors that contribute to non-adherence to immunosuppressive drugs tacrolimus and cyclosporine in liver transplant patients, and highlight the main risk groups for non-adherence to therapy. The articles were selected through surveys conducted in LILACS, PUBMED, MEDLINE and SCIELO, being referenced, only articles published between 2000 and 2015 was used as search terms strategy: adherence to immunosuppressive drug therapy, tacrolimus , cyclosporine, and liver transplants; associated with the words: clinical pharmacology, immunosuppressive drug therapy to raise the scientific productions. The survey revealed potential risk factors for non-adherence, and the main ones were: younger patients, longer transplant, low school level, dissatisfaction with the health service, among others. Before identifying the highest risk groups, health professionals can promote actions and intervention programs in order to increase grip and minimize rejection demonstrations. The aim of this study effectively contribute to the understanding of liver transplant patient therapy that when done improperly or insufficiently contributes to the commitment of clinical outcomes.