Quantificação do teor de cafeína presente em bebidas energéticas

Abstract

Bebidas energéticas são produtos que apresentam nutrientes possibilitando obter ou manter o nível adequado de energia para os atletas. As bebidas energéticas estão presentes na sociedade, porém muitas vezes de modo equivocado. Há um grande número de pessoas, principalmente de jovens, que fazem uso de maneira exagerada das bebidas energéticas em associação a bebidas alcoólicas. Alguns leigos até as consideram como bebidas alcóolicas. Um dos principais componentes destas bebidas é a cafeína. A cafeína age no sistema nervoso central aumentando a capacidade de alerta e melhoramento do desempenho de atividades que necessitam vigilância. Por outro lado, em excesso (acima de 300 mg/dia) pode causar nervosismo, insônia, palpitações, dores de cabeça, irritabilidade, doenças coronarianas, podendo até progredir para alguns tipos de câncer. A presença da cafeína nessas bebidas requer bastante cuidado, uma vez que a dose acima da indicada e o uso indiscriminado podem causar danos à saúde. Bebidas energéticas devem possuir no máximo 35 mg de cafeína a cada 100 mL . Visto que cada vez mais as bebidas energéticas são consumidas em associação a bebidas alcoólicas por jovens, podendo causar danos à saúde do usuário é importante sabermos os níveis de cafeína presentes em bebidas energéticas. Assim, este estudo teve por objetivo quantificar a cafeína presente em bebidas energéticas comercializadas na região de Santo Antônio de Jesus, tendo como objetivos específicos avaliar os teores de cafeína em bebidas energéticas; identificar se as mesmas estão conforme os padrões de identidade e qualidade estabelecidos na legislação vigente; bem como esclarecer os benefícios e malefícios causados pela ingestão da cafeína. A cafeína presente em 5 diferentes marcas de energéticos foi extraída e quantificada em triplicata através de espectrofotometria. A curva padrão obtida foi linear entre os limites de concentração de cada solução padrão, obedecendo a Lei de Lambert-Beer, além de apresentar uma relação diretamente proporcional entre as absorbâncias e as concentrações. Esta porção linear englobou a maioria dos pontos garantindo um ótimo limite de sensibilidade ao método. Por meio do teste de recuperação foi possível identificar que essa metodologia perde pouca cafeína durante a extração, confirmando os resultados encontrados nas amostras. Todas as 5 marcas de bebidas energéticas analisadas apresentaram teor de cafeína abaixo do máximo permitido pela legislação. A amostra A apresentou 27,69 mg de cafeína para cada 100 mL da bebidas; a mostra B 27,36 mg/100mL; amostra C 33,60 mg/100mL; amostra D 30,25 mg/100mL e a amostra E 26,63 mg/100mL. Embora não são condizentes com a quantidade descrita nos rótulos, os valores não são muito discrepantes. Deste modo, a atenção deve ser voltada para a conscientização dos usuários para que o consumo seja moderado e evitando a associação com as bebidas alcóolicas. E os fabricantes devem ter maior atenção com o real teor presente nas bebidas. ______________________________________________________________________________________ Energy drinks are products that presents nutrients that allows to obtain or maintain the appropriate level of energy for athletes. Energy drinks are present in society, however often mistakenly. There are a lot of people, especially young people, who make use of exaggerated manner of energy drinks in combination with alcohol. Some lay people even consider them as alcoholic beverages. A major component of these beverages is caffeine. Caffeine acts on the central nervous system increasing alertness and ability to improve the performance of activities that require vigilance. On the other hand, excess (above 300 mg / day) can cause nervousness, insomnia, palpitations, headaches, irritability, heart disease, and may even develop into some cancers. The presence of caffeine in these drinks requires great care, since the dose indicated above and indiscriminate use may cause damage to health. Energy drinks should have no more than 35 mg of caffeine per 100 mL. Since more and more energy drinks are consumed in combination with alcoholic beverages by young people, may cause damage to the user's health, is important to know the levels of caffeine found in energy drinks. Thus, this study aims to quantify the caffeine in energy drinks sold in the Santo Antônio de Jesus region, with the specific objectives to evaluate the caffeine levels in energy drinks, identify whether they are in conformity with standards of identity and quality standards in legislation, as well as clarify the benefits and harms caused by the ingestion of caffeine. The caffeine in 5 different brands of energy drinks was extracted and quantified in triplicate by spectrophotometry. The standard curve was linear in the range of concentration of each standard solution, obeying the law of Lambert-Beer, besides presenting a directly proportional relationship between the absorbance and the standard concentrations. This linear portion encompassed most points ensuring optimal sensitivity limit of the method. Through the recovery test, we found that this methodology does not lose caffeine during extraction, confirming the results found in the samples. All 5 brands of energy drinks examined showed caffeine content below the maximum allowed by law. For sample A, 27,69 mg of caffeine per 100 ml of beverages; 27,36 mg/100mL sample B, sample C 33,60 mg/100mL; 30,25 mg/100mL sample D and sample E 26,63 mg/100mL. Athough they are not consistent with the amount described on the labels, they are not outliers. Thus, attention must be focused on the awareness of the users, so that consumption is moderate and avoiding association with alcoholic beverages. And manufacturers should be more attention to the actual content present in beverages.