Toxina botulínica tipo a no controle do bruxismo do sono: relato de caso clínico

Abstract

O Bruxismo é um hábito parafuncional que se caracteriza por movimentos geralmente involuntários de ranger ou apertar os dentes, podendo acontecer durante o sono ou vigília. O bruxismo do sono é caracterizado como um distúrbio de movimento que ocorre no indivíduo quando está dormindo. É considerado um dos desafios mais difíceis da odontologia, pois apresenta uma etiologia ampla, onde a gravidade do dano varia em cada pessoa e por não possuir tratamento específico, cada paciente deve ser avaliado e tratado individualmente. A toxina botulínica é uma substância produzida pela bactéria Clostridium botulinum e a mais usada para fins terapêuticos é o tipo A. A sua utilização oferece ao cirurgião-dentista uma nova alternativa para controlar os sintomas do bruxismo do sono. Para tanto, esta pesquisa traz como questão norteadora: como a toxina botulínica tipo A age no controle do bruxismo do sono? Dentro dessa perspectiva, a presente pesquisa teve como objetivo geral: conhecer, através de um caso clínico, como a toxina botulínica tipo A age no controle do bruxismo do sono. Para contemplar o objetivo mencionado acima, foram elencados os seguintes objetivos específicos: descrever as etapas do procedimento do uso da toxina botulínica tipo A no controle do bruxismo, verificar os efeitos da toxina na paciente, listar as vantagens e limitações do uso da toxina sobre o bruxismo do sono. Foi realizado um caso clínico com caráter descritivo, em uma clínica odontológica particular, localizada na cidade de Feira de Santana, BA. O paciente selecionado era portador do bruxismo do sono e concordou em assinar o termo de consentimento livre e esclarecido. No desenvolvimento do caso, foi seguido protocolo clínico, em que primeiramente foi realizado anamnese e exame clínico baseado no Critério Diagnóstico para Pesquisa em Disfunção Temporomandibular. Logo, foi feita a aplicação da toxina botulínica nos músculos masseter (30U em cada lado) e temporal (20U). O caso foi acompanhado durante 4 meses, sendo que nos resultados a paciente não relatou nenhum episódio de bruxismo do sono e ocorreu o desaparecimento das dores miofasciais. É necessário mais estudo sobre o tema para ampliar as informações quanto ao objeto.