Permanência ou desistência? Retrato educacional dos estudantes do campo da comunidade de Carpina, Governador Mangabeira - BA

Abstract

Sabe-se que a escola e o local de vivência do aluno são de suma importância em sua vida, é na interação desses meios sociais que o estudante terá contato com o saber sistematizado, conhecimento prévio e cidadã. O campo é um local no qual acontece essa interação, é a partir dele que os indivíduos poderão extrair uma cultura própria, na qual, deve-se ser respeitada considerando suas características, e para que haja esse reconhecimento é necessário que todos estejam a par das políticas públicas, que são direcionadas a esse público alvo. O presente projeto justifica-se por buscar entender a história da comunidade de Carpina, que ao longo do tempo houve um quantitativo muito alto de abandono escolar, por consequência, ocorreu um aumento no analfabetismo desta população do campo. Diante disso, surge a seguinte inquietação: Qual o posicionamento da escola perante as perspectivas dos estudantes do 9° ano, de Carpina, Governador Mangabeira-Ba em relação à continuidade dos estudos? Partindo desse pressuposto, objetiva-se dessa forma refletir a realidade educacional do campo da comunidade de Carpina, frente à continuidade da escolarização dos estudantes e especificamente abordar as especificidades dos estudantes do campo de Carpina, Governador Mangabeira- Ba e suas expectativas educacionais, verificando quais os fatores que motivam a desistência dos estudantes do ensino fundamental II da comunidade de Carpina e por último identificar as ações da escola frente a permanência dos estudantes do fundamental II, anos finais de uma determinada escola de Governador Mangabeira- Ba. A presente pesquisa se baseia teoricamente a partir dos seguintes autores: Arroyo (2009), Brasil (2001), Caldart (2008), Lima (2013). Para realização desse estudo foi realizada uma pesquisa de abordagem qualitativa, e uma pesquisa de campo. Para um aprofundamento da pesquisa é necessário instrumentos de coletas de dados, entre eles foram utilizadas de observação, entrevista semi-estruturada, e análise documental. Os resultados parciais demostram que a gestão escolar não conhece as políticas públicas do campo, utilizando assim o mesmo currículo da área urbana, o que por vezes resulta na negação da identidade campesina e abandono escolar. Portanto, conclui-se a Educação do Campo é sem dúvidas um direito do povo campesino, a partir dessa importante educação pode-se criar uma maneira diferenciada de educar, na qual, garanta o desenvolvimento, a valorização da identidade, dos saberes, vivencias, características, peculiaridades, expectativas, entre outras, para a permanência desse educando em ambiente escolar