Reposicionamento com segmentação maxilar através da cirurgia monomaxilar para correção de classe III: relato de caso

Abstract

A má oclusão de classe III acontece quando a mandíbula é mais anteriorizada em relação à maxila, compreende uma sequência de alterações nas relações dentárias, que podem causar assimetrias faciais, sendo necessário buscar tratamento para correção dessa deformidade, com objetivo de enquadramento no padrão facial adequado. Alterações no perfil facial são muito comuns e ocorrem devido a essas discrepâncias, causando desalinhamento dentário, fazendo com que apresente além dos problemas estéticos, alterações funcionais, como na mastigação, fonética e respiração precária. O tratamento para correção através da cirurgia ortognática tende a ser combinado com a ortodontia, além de análises clínicas que fornecem informações para o diagnóstico, possibilitando maiores chances de uma reabilitação satisfatória. Este estudo teve como objetivo apresentar quais os benefícios alcançados por meio do avanço da maxila associado a segmentação para correção de classe III esquelética. Trata-se de um estudo do tipo caso clínico de natureza descritiva, permitindo um enfoque da realidade de caso dessa natureza, a opção pelo caráter descritivo está na intenção de descrever detalhadamente o caso por se tratar de um assunto de extrema relevância no âmbito odontológico, considerando que o desconhecimento deste processo pode acarretar diagnósticos incorretos, com protocolos de tratamentos inadequados e desnecessários. O procedimento cirurgico foi conduzido em uma paciente do sexo feminino, 27 anos de idade, melanoderma, apresentando necessidade de realizar o tratamento, aonde foi realizado sob anestesia geral, com acesso intra oral, seguindo com a osteotomia do tipo LeFort I, associada a segmentação da maxila, logo após reposicionamento dos maxilares foi feita a fixação interna rígida com placas e parafusos, sucedendo-se para instalação do splint palatino para estabilização dentária, evitando que ocorra movimentações indesejáveis, finalizando o procedimento com sutura de V-Y. Acredita-se, neste sentido, que tal estudo contribuirá enquanto arcabouço técnico e teórico para que cirurgiões bucomaxilofaciais possam refletir e reorientar a prática profissional frente ao caso.