Análise da automedicação, suas práticas e riscos sobre a saúde: revisão de literatura

Abstract

Desde a antiguidade o homem sempre buscou recursos terapêuticos que fossem efetivos no tratamento de enfermidades ou alivio de seus sintomas, inicialmente recorrendo à terapia com plantas medicinais, até o desenvolvimento de medicamentos formulados pelas indústrias farmacêuticas. No Brasil, a grande diversidade de medicamentos predispõe aos aparecimentos de problemas associados a estes produtos, e representam um desafio para a saúde pública tanto nos países desenvolvidos como em países em desenvolvimento. Aproximadamente 35% do consumo dos medicamentos são destinados à prática da automedicação. Essa porcentagem é justificada pela facilidade em adquirir medicamentos vendidos em farmácias sem prescrição médica. Cerca de 80 milhões de brasileiros praticam a automedicação. Elementos como a falta de instruções e informações da população em geral, o não cumprimento da prescrição médica, fatores culturais, políticos e econômicos, auxiliam na sua prática, tornando-se um problema de saúde pública. Assim, o presente estudo possui o objetivo de analisar a automedicação no Brasil e os fatores que contribuem para o consumo exagerado dos medicamentos. O procedimento metodológico utilizado foi uma revisão de literatura sistemática, de caráter exploratório, descritivo e qualitativo, fundamentada em publicações disponíveis em livros e nas bases de dados eletrônicas Scielo, PubMed e Lilacs. Como regra de inclusão, foram utilizados os artigos com data de publicação entre 2005 a 2016 e os artigos com texto integral em português, inglês ou espanhol. A partir deste estudo, foram observados que as principais classes de medicamentos consumidas na automedicação foram os analgésicos, antitérmicos e antiinflamatórios; os riscos que esta prática pode trazer à saúde foram evidenciados as reações adversas a medicamentos, intoxicações e interações medicamentosas, entre outros; e os fatores determinantes para o aumento deste ato foram identificados as propagandas, publicidade e marketing pelas indústrias farmacêuticas, fácil acesso e aquisição aos medicamentos entre outros. Sendo necessária para minimização deste problema a elaboração de mais estudos científicos que avalie e forneça informações de cada fator predisponente para a prática da automedicação, como também maior rigorosidade na fiscalização dos órgãos diante as vendas de medicamentos e atuação dos farmacêuticos nas diversas esferas de sua profissão, colaborando com o uso racional de medicamentos, garantindo assim o bem estar da população ._______________________________________________________________________________________ ABSTRACT: Since the ancient times man has always sought remedies that were effective in the treatment of diseases or relief of their symptoms, initially using therapy with medicinal plants, until the development of medicinal products formulated by pharmaceutical industries. In Brazil, the great diversity of drugs predisposes to appearances of problems associated with these products, and represent a challenge to public health in developed countries as in developing countries. Approximately 35% of consumption of medicines are intended for self-medication practice. This percentage is justified by the ease in acquiring medicines sold in pharmacies without prescription. About 80 million of Brazilians practising self-medication. Elements such as the lack of instructions and information of the population in General, non-compliance with the prescription, cultural, political and economic factors, assist in his practice, becoming a public health problem. Thus, the present study has the purpose of analyzing self-medication in Brazil and the factors that contribute to the overconsumption of medicines. The methodological procedure used was a systematic literature review, exploratory, descriptive and qualitative, based on available publications in books and in the electronic databases, PubMed Scielo and Lilacs. As a rule, articles were used with date of publication between 2005 to 2016 and articles with full text in Portuguese, English or Spanish. From this study, it was observed that the main classes of medicines consumed in self-medication were painkillers, antipyretics and anti-inflammatory drugs; the risks that this practice can bring to health were evidenced adverse reactions to medications, poisoning and drug interactions, among others; and the determining factors for the increase of this Act were identified advertisements, advertising and marketing for the pharmaceutical, easy access and acquisition to medicines among others. Being required to minimize this problem the development of more scientific studies to evaluate and provide information to each predisposing factor for self-medication, as well as greater effort on inspection of organs on sales of medicines and pharmaceutical activities in the various spheres of their profession, collaborating with the rational use of medicines, thus ensuring the well-being of the population.