Assistência do(a) enfermeiro(a) ao paciente crítico ou semicrítico: um olhar para humanização

Abstract

A hospitalização é um processo delicado a ser enfrentado tanto para o paciente quanto para seus familiares. Esses pacientes se encontram em uma situação estressante, sensível e onde apenas o cuidado físico e mecanicista não são capazes de suprir as suas necessidades e assistência prestada pelos enfermeiros, é fundamental, sendo possível uma assistência efetiva e humanizada. O presente estudo teve como objetivo geral: conhecer a concepção das (os) enfermeiras (os) que atuam na UTI, de um Hospital em um município da Bahia, sobre a humanização da assistência prestada ao paciente em estado crítico ou semicrítico. E os objetivos específicos foram: Traçar o perfil socioprofissional das (os) enfermeiras (os); Identificar, a partir dos seus diálogos, cuidados prestados que caracterizam o processo de humanização; Verificar, por meio dos relatos, os principais interferentes na promoção do cuidado seguro e humanizado ao paciente em estado crítico ou semicrítico; Conhecer a partir das (os) enfermeiras (os) as estratégias utilizadas para o cuidado humanizado ao paciente crítico ou semicrítico. Foi realizada uma pesquisa de campo, do tipo descritiva com abordagem qualitativa. Fizeram parte do estudo as (os) enfermeiras (os) que atuam na Unidade de Terapia Intensiva de um Hospital em um município na Bahia, que tinham mais de um ano atuando no referido setor. O instrumento utilizado para coleta de dados foi um questionário composto por perguntas abertas e de múltipla escolha que visaram responder aos objetivos do estudo. A análise dos resultados foi feita através do conteúdo proposto por Minayo. Conclui-se que os enfermeiros entrevistados possuem enorme conhecimento e esclarecimento acerca da assistência de enfermagem ao paciente critico ou semicrítico, porém são poucas as estratégias adotadas para desenvolvimento do cuidado humanizado e seguro na UTI,muitos profissionais ainda estão centrados no modelo mecanicista , e associam as ações humanizadoras com a monitorização, administração de medicamentos e avaliação menosprezando o contato, a comunicação e aspectos psicológicos. Visto que a qualidade da assistência está inteiramente ligada a humanização que deve compreender desde o conforto físico até o apoio emocional e compromisso profissional do paciente. Acredita-se que esse estudo possa contribuir para diminuição do distanciamento dos enfermeiros com o paciente, bem como, a conscientização dos mesmos frente a promoção do cuidado humanizado ao paciente em estado crítico.