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Título: Violência obstétrica sob a óptica do viés racial: concepção de mulheres negras de um município do Recôncavo da Bahia
Orientador(es): Paz, Camila Torres da
Palavras-chave: Parto humanizado
Violência contra mulher
Preconceito racial
Data do documento: 2019
Editor: Faculdade Maria Milza
Membros da Banca : Almeida, Maria Fernanda Aderne
Borges, Andréa Jaqueira da Silva
Resumo: A gravidez é uma fase importante na vida da mulher, um momento de alterações essenciais ao desenvolvimento do concepto e uma fase oportuna para construção de educação em saúde. Igualmente, o parto é um fenômeno natural que também requer cuidado e acolhimento humanizado, integral e singularizado. Porém, após a institucionalização do parto, o mesmo deixou de ser centralizado no cuidado à mulher, passando o protagonismo para a equipe de saúde, fato que aumentou o número de casos de violência obstétrica, especialmente entre mulheres negras que tem vivenciado maiores desigualdades que dificultam o acesso aos direitos sociais e humanos, com destaque para os direitos sexuais reprodutivos. Assim, o objetivo geral do estudo é analisar as concepções de mulheres negras quanto às experiências em relação ao parto e violência obstétrica em um Município do Recôncavo da Bahia. Como objetivos específicos têm-se: Traçar o perfil sócio demográfico das mulheres negras; identificar, elementos preconceituosos, nos tipos de partos vivenciados; caracterizar os tipos de violência obstétrica experienciadas pelas mulheres negras e sua relação com atitudes preconceituosas. Foi realizada uma pesquisa de natureza descritiva, de abordagem qualitativa. O local de estudo foram 03 USF de um município do Recôncavo da Bahia e teve como participantes 15 mulheres com idade acima de 18 anos. A coleta de dados foi realizada através de entrevista semiestruturada, de forma individual, contendo questões abertas caracterizadoras do perfil socioeconômico e demográfico, bem como questões específicas sobre o objeto de estudo. Já a análise dos dados ocorreu por meio da análise de conteúdo que seguem três etapas principais, a pré-análise, a exploração do material e o tratamento dos resultados. Após a liberação do Comitê de ética através do n. 3.257.797 é que foi iniciada a coleta de dados, respeitando os aspectos éticos da pesquisa. Posterior a coleta de dados, ocorreu a transcrição do conteúdo e agrupamento das informações através de 04 categorias, a primeira trata do perfil sociodemográfico das mulheres negras; a segunda sobre tipos de partos vivenciados; a terceira enfatiza caracterização da violência obstétrica sob a óptica de mulheres negras; e a última categoria traz a participação da mulher na escolha do parto. O panorama atual revela o despreparo e negligência dos profissionais de saúde durante o pré-natal ao omitir informações suficientes para que a gestantes se tornem empoderadas sobre seus direitos durante o ciclo gravídico-puerperal e para que possam evitar a violência obstétrica. A violência obstétrica tem relação com as precariedades econômicas e estruturais das maternidades, a hegemonia do modelo biomédico baseado na agilidade, tecnicismo e patologização do trabalho de parto e parto, bem como condições subjacentes a aspectos de gênero, classe social, raça/etnia e cultura. Por fim, o estudo resgata a importância de anular definitivamente as práticas prejudiciais à saúde da mulher e do bebê praticadas por profissionais de saúde durante o ciclo gravídico puerperal. Sendo assim, o enfermeiro, por sua vez, pode ser visto como um elemento chave no processo de (re)modelação na assistência a este binômio.
URI: http://131.0.244.66:8082/jspui/handle/123456789/1556
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