Posição de terceiros molares inferiores retidos em relação à classificação de Winter: revisão de literatura

Abstract

A dentição humana tem sua formação iniciada ainda na vida intrauterina, a maioria dos dentes são formados ainda na fase fetal de uma criança e começam o processo de erupção a partir do sexto mês de vida. Os terceiros molares podem não completarem seu processo de erupção devido à falta de espaço nos maxilares, podendo então ficarem retidos e/ou impactados. Quando isso ocorre alguns problemas podem ser desencadeados como periodontite, cárie dentária, reabsorção radicular entre outros. O que pode levar a indicação da exodontia desse elemento dentário. A radiografia panorâmica é o exame imaginológico mais utilizado, por ser um exame que é possível realizar o diagnóstico dos dentes inclusos e impactados e por seu baixo custo. Devido a possíveis complicações cirúrgicas na remoção dos terceiros molares, e para facilitar a comunicação entre os profissionais Cirurgiões Dentistas algumas classificações foram criadas, como a classificação de Winter. Essa classificação possibilitou a realização de estudos de prevalência de terceiros molares mandibulares inclusos em todo o mundo de acordo com sua posição na mandíbula. Dessa forma o objetivo geral desse trabalho foi realizar uma revisão de literatura sobre o posicionamento dos terceiros molares mandibulares de acordo com a classificação de George Winter. Como objetivos específicos: verificar a posição/classificação mais recorrente; averiguar a maior prevalência por gênero quanto a classificação. Trata-se de um estudo de revisão de literatura integrativa, realizada nas plataformas Scielo e BVS, usando como descritores de busca: terceiro molar, dente incluso, dente impactado, com busca de artigos no período de 2012 a maio de 2019. Foram encontrados 11 artigos, sendo selecionados 6, após utilização dos filtros: texto completo e disponível online e em idioma português. Os artigos foram organizados e em seguida feita leitura exploratória e interpretativa e por fim foi realizada o confronto com a literatura existente. Verificou-se que dentro da classificação de Winter o grau mais predominante foi a posição vertical com 1008 unidades dentária, seguida da posição mesioangulada com 908, a posição horizontal teve 334, a posição distoangulada com 253. As posições transalveolar e invertido foram as menos encontradas com 26 e 03 respectivamente. No que diz respeito ao gênero e sua relação com as posições dos terceiros molares inferiores, apenas um trabalho apresentou resultados de cada classificação de Winter por gênero, e nesse para todas as classificações o gênero feminino apresentou maior ocorrência. Dessa maneira, fica evidente que não houve mudanças no perfil epidemiológico dos terceiros molares mandibulares de acordo com a classificação de George Winter.