Fatores de risco associados à coinfecção hiv/sífilis entre adultos jovens do Brasil

Abstract

RESUMO: O aumento na incidência de HIV e sífilis adquirida no Brasil se tornou um alarme para a saúde pública. A coinfecção entre as mesmas apresenta ação sinérgica, caracterizada tanto pela ação da transmissibilidade do HIV quanto pela evolução atípica da infecção. Vale ressaltar que ambas são infecções sexualmente transmissíveis (IST) e de contágios semelhantes, sendo possível observar que o público jovem representa uma das faixas etárias de mais alta prevalência para a infecção, com isso podemos afirmar que este grupo se encontra com maior vulnerabilidade devido aos fatores de risco inerentes a esta fase, como também as mudanças e descobertas comportamentais que interferem na sua infecção. Esta revisão tem como objetivo geral abordar as características clínicas, laboratoriais e epidemiológicas da coinfecção HIV/sífilis em jovens do Brasil a partir da abordagem de diversos estudos atualizados e como objetivo específico, investigar os possíveis fatores de risco para coinfecção associados a faixa etária de adultos jovens. Foi realizada uma revisão integrativa onde buscou-se artigos científicos, teses e dissertações que abordassem fatores de risco para a infecção HIV e Sífilis entre adultos jovens a partir dos bancos de dados virtuais PUBMED, SCIELO e LILACS nos idiomas inglês e português, publicados entre 2000 a 2020. Com essa revisão foi possível identificar os fatores de risco associados aos adultos jovens, destacando a baixa adesão ao preservativo, condições socioeconômicas desfavoráveis, baixo nível de formação escolar, acesso do indivíduo a serviços de saúde, comportamentos sexuais de risco, abuso de substâncias psicoativas como os principais fatores que contribuem na coinfecção entre adultos jovens. Com isso, fazse necessário o planejamento e a execução de ações que visem à redução dos novos contágios, como as campanhas de testagem e o incentivo ao comportamento de autoproteção, assim como medidas que busquem melhora nos índices de detecção precoce dos casos e acompanhamento ao indivíduo, uma vez que a população jovem não se reconhece como vulnerável. Vale ressaltar a importância da notificação compulsória, visto que não existem boletins epidemiológicos para a coinfecção, somente para as doenças isoladas, relatando a dificuldade em observar o perfil e fatores de risco dos adultos jovens. ____________________________________________________________________________________ ABSTRACT The increase in the incidence of HIV and syphilis acquired in Brazil has become an alarm for public health. Co-infection between them has a synergistic action, characterized both by the action of HIV transmissibility and by the atypical evolution of the infection. It is worth mentioning that both are sexually transmitted infections (STIs) and of similar contagions, it being possible to observe that the young public represents one of the most prevalent age groups for the infection, with this we can affirm that this group is more vulnerable due to risk factors inherent to this phase, as well as behavioral changes and discoveries that interfere with your infection. This review has the general objective to address the clinical, laboratory and epidemiological characteristics of HIV / syphilis coinfection in young people in Brazil from the approach of several updated studies and as a specific objective, to investigate the possible risk factors for coinfection associated with the adult age group. young. An integrative review was carried out where scientific articles, theses and dissertations were addressed that addressed risk factors for HIV and Syphilis infection among young adults from the virtual databases PUBMED, SCIELO and LILACS in English and Portuguese, published between 2000 and 2020 With this review, it was possible to identify the risk factors associated with young adults, highlighting low adherence to condoms, unfavorable socioeconomic conditions, low level of school education, individual access to health services, risky sexual behaviors, abuse of psychoactive substances , the main factors that contribute to coinfection among young adults. Thus, it is necessary to plan and execute actions aimed at reducing new contagions, such as testing campaigns and encouraging selfprotection behavior, as well as measures that seek to improve the rates of early detection of cases and follow-up. to the individual, since the young population does not recognize itself as vulnerable. It is worth mentioning the importance of compulsory notification, since there are no epidemiological bulletins for co-infection, only for isolated diseases, reporting the difficulty in observing the profile and risk factors of young adults.