Perfil de utilização e conhecimento sobre o uso de contraceptivos de emergência por adolescentes brasileiros: uma revisão de literatura

Abstract

RESUMO: O início precoce da vida sexual por adolescentes cresce concomitantemente aos índices de grávidas entre 10 e 19 anos. Consequências como a transmissão de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) e limitação do desempenho escolar são problemas recorrentes nessa faixa etária. A fim de evitar gravidez precoce, a busca dos adolescentes por métodos contraceptivos (e. g. os de emergência) é frequente. Conhecida popularmente como “pílula do dia seguinte”, seu uso expandiu-se consideravelmente nos últimos anos, por ser um medicamento de fácil acesso e com dispensabilidade da receita médica, que acarreta no uso irracional deste método entre adolescentes. Na maioria dos casos a utilização deste medicamento é feita corriqueiramente, sem nenhum tipo de orientação. Desta forma, a atuação do profissional farmacêutico por meio de atividades voltadas à orientação sexual dos adolescentes é de extrema importância. Diante desta temática, o presente estudo trata-se de uma revisão de literatura, que tem como objetivo fazer uma caracterização sobre o conhecimento sobre a contracepção de emergência por adolescente e a sua utilização nos últimos 5 anos no Brasil. Como objetivos específicos: caracterizar o(a)s adolescentes e o conhecimento sobre o tema abordado, destacar a importância da elaboração de metodologias educacionais que abordem a sexualidade na adolescência e a importância do profissional farmacêutico inseridos em atividades educacionais, afim de promover conhecimento a estes adolescentes. As bases de dados utilizadas para a busca de artigos foram: Google Acadêmico, Pubmed e Scielo (Scientific Eletronic Library Online). Foi observado que a idade da primeira relação sexual mais frequente foi entre 15 e 18 anos; o nível de escolaridade destes foi entre o primeiro e segundo ano; por fim a fonte de conhecimento sobre o uso da pílula de emergência foram amigos, internet e televisão. Desta forma este trabalho contribui para a conscientização da gravidade deste problema de saúde/educação pública para os órgãos responsáveis, bem como pais e profissionais de saúde, que são fundamentais para reverter este quadro. ___________________________________________________________________________________ ABSTRACT: The early onset of sexual life by adolescents grows concomitantly with the rates of pregnant women between 10 and 19 years old. Consequences such as transmission of STIs and limited school performance are recurrent problems in this age group. In order to prevent premature pregnancies, adolescents are looking for contraceptive methods (e.g emergency ones). Popularly known as the “morning after pill”, its use has expanded considerably in recent years, as it is an easily accessible medication and dispenses a prescription, which leads to the irrational use of this method among adolescents. In most cases, the use of this medicine is common, without any type of guidance. Thus, the role of the pharmaceutical professional through activities aimed at the sexual orientation of adolescents is extremely important. Given this theme, the present study is a literature review, which aims to characterize the knowledge about emergency contraception by adolescents and its use in the last 5 years in Brazil. As specific objectives: to characterize the adolescents and the knowledge on the topic addressed, to highlight the importance of developing educational methodologies that address sexuality in adolescence and the importance of the pharmaceutical professional inserted in educational activities, in order to promote knowledge to these teenagers. The databases used to search for articles were: Google Scholar, Pubmed and Scielo (Scientific Eletronic Library Online). The inclusion criteria adopted for this review were: year of publication, they should be published in the period from 2015 to 2020 (last five years) in Brazil; and present a language in Portuguese or English. As for the exclusion criteria: articles not consistent with the theme, review articles and articles that did not address the age range recommended by WHO (10-19 years). It was observed that the age of the first frequent sexual intercourse was between 15 and 18 years old; their educational level was between the first and second years; finally, the source of knowledge about the use of the emergency pill was friends, internet and television. In this way, this work contributes to the awareness of the seriousness of this public health / education problem for the responsible bodies, as well as parents and health professionals, who are fundamental to revert this situation.