Medicamentos fitoterápicos e plantas medicinais aplicadas a prevenção e tratamento em gestantes: uma revisão de literatura

Abstract

As plantas medicinais vêm sendo empregadas com finalidades terapêuticas há milhares de anos. Seu uso popular foi propagado de geração em geração e exposto nas diversas farmacopéias. A gestação estabelece um período único e especial na vida da mulher, onde acontecem alterações fisiológicas, tanto do ponto de vista físico quanto do ponto de vista psicológico, ocorrendo o crescimento e o desenvolvimento do embrião dentro do organismo materno, em um período que pode variar de 38 a 42 semanas. O emprego de medicamentos no período gestacional corrobora para diversos alvos de discussões quanto à segurança. Por outro lado, muitas vezes a gestação pode ser acompanhada de intercorrências, necessitando de intervenções farmacológicas. Assim, o período gestacional representa um desafio no âmbito da utilização de fármacos, sendo que alguns, devido a fatores relacionados à gestação e aos fármacos, conseguem atravessar a barreira placentária e alcançar a corrente sanguínea do feto, expondo-o aos seus efeitos farmacológicos. Dentre o uso mais comum das plantas medicinais e fitoterápicos pelas gestantes está o uso para o tratamento de infecção urinária, enjoo e, distúrbios do sono. O objetivo do presente trabalho foi verificar quais as plantas ou fitoterápicos empregados no tratamento e prevenção de patologias em gestantes no Brasil, correlacionando com a relevância dessas terapêuticas alternativas e complementares orientadas para o uso seguro. Trata-se de uma revisão de literatura do tipo integrativa, fundamentada em produções científicas disponibilizadas de forma integral, em bases de dados eletrônicas PubMed, SciELO, Google Acadêmico e BVS, através de uma leitura exploratória e seletiva das principais publicações sobre o tema na atualidade. Os resultados encontrados foram dispostos em quadros e tabelas no Microsof word® e gráficos construídos no Microsoft excel®. Ao longo do estudo percebeu-se que a maioria das pessoas ainda cultivam uma crença de que “natural” é sinônimo de “seguro”, o que consiste em um grande engano, ainda mais se tratando de gestantes, uma vez que tal grupo é delicado, e passa por processos de mudanças fisiológicas que irão sofrer influência direta de alguns efeitos dos fitoterápicos, principalmente no período inicial. Portanto, nunca se deve excluir a participação de um profissional qualificado. Uma opção é criar alternativas educativas com o intuito de difundir as mais conhecimento sobre as questões medicinais na gestação e lactação, incentivando assim o acesso a informações essenciais para o uso adequado dos fitoterápicos. _______________________________________________________________________________________ Medicinal plants have been used for therapeutic purposes for thousands of years. Its popular use was propagated from generation to generation and exposed in several pharmacopoeias. Pregnancy establishes a unique and special period in the woman's life, where physiological changes take place, both physically and psychologically, with the embryo growing and developing within the maternal organism, in a period that can vary from 38 to 42 weeks. The use of medications in the gestational period corroborates for several targets of discussions regarding safety. On the other hand, pregnancy can often be accompanied by complications, requiring pharmacological interventions. Thus, the gestational period represents a challenge in terms of the use of drugs, some of which, due to factors related to pregnancy and drugs, manage to cross the placental barrier and reach the fetus' bloodstream, exposing it to its pharmacological effects. Among the most common use of medicinal plants and herbal medicines by pregnant women is the use for the treatment of urinary tract infection, nausea and sleep disorders. The objective of the present work was to verify which plants or phytotherapics are used in the treatment and prevention of pathologies in pregnant women in Brazil, correlating with the relevance of these alternative and complementary therapies aimed at safe use. It is an integrative literature review, based on scientific productions made available in full, in electronic databases PubMed, SciELO, Google Scholar and VHL, through an exploratory and selective reading of the main publications on the subject today. The results found were displayed in tables and tables in Microsof word® and graphics built in Microsoft excel®. Throughout the study, it is escaped that most people still cultivate a progression that "natural" is synonymous with "safe", which is a big mistake, especially when it comes to pregnant women, since such a group is delicate, and undergoes processes of physiological changes that will suffer directly from some effects of herbal medicines, especially in the initial period. Therefore, the participation of a qualified professional should never be excluded. One option is to create educational alternatives with the aim of spreading more knowledge about medicinal issues in pregnancy and lactation, thus encouraging access to essential information for the proper use of herbal medicines.