Recursos fisioterapeuticos no tratamento da hemiparesia na criança pós acidente vascular encefálico: uma revisão de literatura

Abstract

O Acidente Vascular Encefálico (AVE) na infância ocorre da mesma forma que nos adultos, sendo diferenciado apenas pelos seus fatores de risco, já que na criança ele é causado por uma doença de base. O sintoma observado em maior frequência é a hemiparesia, que é a perda parcial de força na região contralateral a lesão cerebral. O AVE também está intimamente relacionado com o desenvolvimento de outras patologias onde a mais comum é a PC do tipo hemiparética. Esse estudo teve como objetivos descrever os recursos fisioterapêuticos mais utilizados no tratamento da hemiparesia na criança pós AVE, relatar a eficácia desses métodos e conhecer a relação do AVE com a PC. Trata-se de uma revisão bibliográfica narrativa, sendo realizadas pesquisas nas bases de dados SCIELO, PubMed e BVS, utilizando os descritores em português e inglês: AVC; Paralisia Cerebral; AVE; Pediatria; Hemiparesia; Isquemia; Infância; Fisioterapia; Criança, selecionando estudos nesses dois idiomas no período entre 2007 e 2021. Foram encontrados 75 artigos, sendo escolhidos oito através dos critérios de inclusão e exclusão. Evidenciou-se que quando ocorre um dano irreversível na região do cérebro antes dos três anos de idade, considera-se PC, além disso, a terapia de restrição e indução do movimento (TRIM), realidade virtual (RV), método Bobath e abordagem centrada na família (ACF) vêm sendo bastante utilizadas para tratar a hemiparesia, promovendo uma maior plasticidade neural, favorecendo ganhos motores e proporcionando uma melhor interação profissional/paciente/família, auxiliando em maior funcionalidade. Tendo em vista os aspectos observados, entende-se que o fisioterapeuta possui vastas opções de recursos que podem auxiliar o paciente no tratamento da hemiparesia, sendo a TRIM o método mais utilizado atualmente._______________________________________________________________________________ ABSTRACT The cerebrovascular accident (CVA) in childhood occurs in the same way as in adults, being differentiated only by its risk factors, since in children it is caused by an underlying disease. The most frequently observed symptom is hemiparesis, which is the partial loss of strength in the region contralateral to the brain injury. CVA is also closely related to the development of other pathologies where the most common is CP of the hemiparetic type. This study aimed to describe the physiotherapeutic resources most used in the treatment of hemiparesis in children after a stroke, to report the effectiveness of these methods and to know the relationship between stroke and CP. This is a narrative bibliographic review, research being carried out in the SCIELO, PubMed and BVS databases, using the descriptors in Portuguese and English: AVC; Cerebral Palsy; BIRD; Pediatrics; Hemiparesis; Ischemia; Childhood; Physiotherapy; Child, selecting studies in these two languages in the period between 2007 and 2021. 75 articles were found, eight being chosen through the inclusion and exclusion criteria. It was evidenced that when there is irreversible damage in the brain region before the age of three years, it is considered PC, in addition, movement restriction and induction therapy (TRIM), virtual reality (VR), Bobath method and approach Family-centered (FCA) have been widely used to treat hemiparesis, promoting greater neural plasticity, favoring motor gains and providing a better professional/patient/family interaction, aiding in greater functionality. In view of the observed aspects, it is understood that the physical therapist has vast options of resources that can help the patient in the treatment of hemiparesis, with TRIM being the most used method today.