Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://131.0.244.66:8082/jspui/handle/123456789/2184
Título: Incidência de infecções por gardnerella vaginalis em mulheres sexualmente ativas: um levantamento de laudos citológicos
Orientador(es): Elizabeth Amélia Alves Duarte
Palavras-chave: Microbiota Vaginal
Vaginose Bacteriana
Papanicolau
Doenças Ginecológicas
Data do documento: 2021
Editor: Faculdade Maria Milza
Membros da Banca : Thiago Alves Santos de Oliveira
Katia Nogueira Pestana de Freitas
Resumo: A microbiota vaginal funciona como mecanismo de defesa do trato genital feminino e é constituída por fungos, leveduras e diversas espécies de bactérias, pincipalmente os Lactobacillus spp. As vaginites e vaginoses respondem por 90% do corrimento vaginal, sintomatologia típica em ambas as patologias. Entretanto, a presença de inflamação local que ocorre nas vaginites devido predominância de bactérias aeróbicas (Escherichia coli, Streptococcus agalactiae e S. aureus) não é comum na vaginose bacteriana (VB) que é majoritariamente causada por Gardnerella vaginalis, caracterizada pelo teste positivo do "odor de peixe". Ambas são diagnosticadas pelo exame citopatológico cérvico-vaginal (Papanicolaou) e tratadas com antibióticos orais e intravaginais sistêmicos, mas as recidivas e não distinção entre ambas tem ampliado automedicação e, por conseguinte, a resistência a antimicrobianos. Neste contexto, o objetivo deste trabalho foi verificar a incidência de infeções por G. vaginalis em mulheres sexualmente ativas, através de resultados de laudos citológicos de dois laboratórios privados da mesma rede, mas de cidades distintas: Amargosa e Laje, Bahia, brasil no período designado de: pré-pandêmico (de janeiro a dezembro de 2019) e pandêmico (janeiro de 2020 até março de 2021). Para então obter a frequência de resultados positivos para G. vaginalis a partir de exames Citopatológico cérvico-vaginal (Papanicolaou) correspondente aos períodos da pesquisa; assim como correlacionar a incidência de vaginose por G. vaginalis em ambos os laboratórios coparticipantes diferenciando das infecções ginecológicas (vaginites) que é fundamental para a farmacoterapia adequado, prevenindo recidivas e automedicação, sobretudo por antibióticos. O total de 345 laudos citológicos dos exames Papanicolaou eletivos neste estudo permitiram categorizar a microbiota das pacientes em total (normal), quando há predominância de Lactobacillus spp. (211 laudos) ou alterada, quando são observados microrganismos patogênicos a exemplo da G. vaginalis, Candida vaginalis e Trichomonas vaginalis (134 laudos). A frequência de resultados positivos para Gardnerella vaginalis a partir de exames Citopatológico cérvico-vaginal (Papanicolaou), em período pandêmico foi de 63 (17,97%). Para ambos os laboratórios participantes da pesquisa houve redução de 32,22% (164 laudos), com maior incidência de VB entre mulheres de 20 a 41 anos (20,32%), entre os períodos pré-pandêmico e pandêmico. Considerando alta frequência dos corrimentos vaginais, estes dados são inquietantes, pois as ISTs não diagnosticadas, acompanhadas e tratadas corretamente podem vir a causar recidivas levando ao prognóstico mais grave e complicações secundarias. ________________________________________________________________________________________ ABSTRACT The vaginal microbiota behavior as a defense mechanism for the female genital tract and is found by fungi, yeasts and several species of bacteria, especially Lactobacillus spp. Vaginitis and vaginosis account for 90% of vaginal discharge, typical symptoms in both pathologies. However, the presence of local inflammation that occurs in vaginitis due to the predominance of aerobic bacteria (Escherichia coli, Streptococcus agalactiae and S. aureus) is not common in bacterial vaginosis (BV), which is mostly caused by Gardnerella vaginalis, characterized by the positive test of "fish-like” odor. Both are diagnosed by cervical-vaginal cytopathological examination (Papanicolaou) and treated with oral and systemic intravaginal antibiotics, but the recurrences and the lack of distinction between the two have increased self-medication and, consequently, resistance to antimicrobials. In this context, the aim of this study was to verify the incidence of infections by G. vaginalis in sexually active women, through the results of cytological reports from two private laboratories of the same network, but from different cities: Amargosa and Laje, Bahia, Brazil in the period designated as: pre-pandemic (January to December 2019) and pandemic (January 2020 to March 2021). To then obtain the frequency of positive results for G. vaginalis from cervical-vaginal cytopathological exams (Papanicolaou) corresponding to the research periods; as well as correlating an increase in vaginosis by G. vaginalis in both co-participating laboratories, differentiating from gynecological diseases (vaginitis), which is essential for adequate pharmacotherapy, preventing relapses and self-medication, mainly by antibiotics. The total of 345 cytological reports of elective Pap smears or ‘Papanicolaou smears’ in this study allowed us to categorize the microbiota of patients in total (normal), when there is a predominance of Lactobacillus spp. (211 reports) or altered, when pathogenic microorganisms are observed, such as G. vaginalis, Candida vaginalis and Trichomonas vaginalis (134 results). The frequency of positive results for Gardnerella vaginalis from cervical-vaginal cytopathological exams (Papanicolaou) in a pandemic period was 63 (17.97%). For both laboratories participating in the research, there was a reduction of 32.22% (164 results), with a greater impact of VB among women aged 20 to 41 years (20.32%), between the pre-pandemic and pandemic periods. This high frequency of vaginal discharges, these data are disturbing, as undiagnosed STIs, monitored and treated correctly can cause relapses, leading to a more serious prognosis and secondary complications.
URI: http://131.0.244.66:8082/jspui/handle/123456789/2184
Aparece nas coleções:UNIMAM - Trabalho de conclusão de curso

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
FARMÁCIA - CLÁUDIA REBOUÇAS DA SILVA.pdf711,57 kBAdobe PDFVisualizar/Abrir


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.