Hábitos da automedicação entre idosos e a importância do profissional farmacêutico: uma revisão de literatura

Abstract

Á medida que o indivíduo envelhece o uso de medicamentos normalmente triplica devido a sintomas agudos que aparecem nesta fase, porém, acrescenta-se também o comportamento cultural em tratar certos sintomas com medicamentos recomendados por indivíduos não qualificados para tal finalidade, tal comportamento configura-se como automedicação, que mesmo sendo considerada por alguns como um método de cuidado a saúde, a mesma pode ser propicia a riscos. Dessa forma, o presente estudo questiona os possíveis fatores que provocam a prática da automedicação, trazendo como objetivo a investigação na literatura sobre as consequências que essa prática pode trazer no indivíduo idoso, analisando quais classes de medicamentos mais utilizadas por esse público, evidenciando seus riscos e a importância do profissional farmacêutico neste âmbito. O presente estudo trata-se de uma revisão bibliográfica. Foram explanados aspectos referentes aos hábitos da automedicação em idosos, possíveis riscos, índices de mortes e a importância do profissional farmacêutico no problema em questão. Para coleta de dados foram utilizadas as seguintes bases de dados: Google Acadêmico, PubMed, Medline e Lilacs. Os critérios de inclusão foi avaliar apenas os artigos correspondentes aos últimos 10 anos, ou seja, de 2011 a 2021 e os critérios de exclusão fizeram parte aqueles que não pertencessem a esse período de tempo. Ao fazer a busca nos bancos de dados utilizando as palavras-chave, foi percebido que nos últimos 10 anos a quantidade de publicação que envolve o tema em questão é ampla, principalmente por ser um assunto delicado e que requer bastante atenção. Como resultados foi evidenciado vários fatores consequentes da automedicação, como relatos de prejuízos, que além das despesas com os medicamentos, ocasiona retardo no diagnóstico, mascaramento de resultados, além de reações adversas, alérgicas e casos de intoxicações, colocando em riscos à saúde da população idosa, principalmente quando associados a outros tipos de medicamentos de uso contínuo. Portanto, conclui-se que a principal medida para prevenir e amenizar o quadro de automedicação em idosos é por meio da ação da equipe de saúde, tendo destaque o profissional farmacêutico, no esclarecimento, informações e divulgação dos perigos da automedicação voltado a esse público. ______________________________________________________________________________________ ABSTRACT As the individual ages, the use of drugs usually triples due to acute symptoms that appear at this stage, however, there is also the cultural behavior of treating certain symptoms with drugs recommended by individuals who are not qualified for this purpose, such behavior configures as self-medication, which even being considered by some as a method of health care, it can be risky. Thus, this study questions the possible factors that cause the practice of self-medication, aiming to investigate the literature on the consequences that this practice can bring in the elderly, analyzing which classes of medications most used by this public, highlighting their risks and the importance of the pharmacist in this area. This study is a literature review. Aspects related to self-medication habits in the elderly, possible risks, death rates and the importance of the pharmacist in the problem in question were explained. For data collection the following databases were used: Academic Google, PubMed, Medline and Lilacs. The inclusion criteria was to evaluate only articles corresponding to the last 10 years, that is, from 2011 to 2021, and the exclusion criteria included those that did not belong to that period of time. When searching the databases using keywords, it was noticed that in the last 10 years the amount of publication involving the topic in question is large, mainly because it is a delicate subject and requires a lot of attention. As a result, several factors resulting from self-medication were evidenced, such as loss reports, which, in addition to the expenses with medications, cause a delay in diagnosis, masking of results, in addition to adverse, allergic reactions and cases of poisoning, putting the population at risk elderly, especially when associated with other types of continuous use medications. Therefore, it is concluded that the main measure to prevent and alleviate self-medication in the elderly is through the action of the health team, with emphasis on the pharmacist, in the clarification, information and dissemination of the dangers of self-medication aimed at this audience.