Contratação e permanência de mulheres no mercado de trabalho: desafios do RH numa indústria calçadista

Abstract

A história das mulheres no mercado de trabalho sofreu muitas mudanças ao longo do tempo, e em meados do ano de 1940, quando as indústrias começaram a se multiplicar e os homens já não supriam a necessidade de mão de obra, foi então que as mulheres começam a se inserir no mercado de trabalho. Contudo, desde o início havia disparidade de salários em comparação com os homens, consequência disto, às indústrias optavam por contratar mulheres pelo custo da mão de obra ser mais barato. À medida que os anos foram passando, as mulheres passaram a ocupar o mercado e lutaram para equiparar seus direitos aos dos homens. Havendo assim um aumento de aproximadamente 35% entre 1950 e 2018 na participação de mulheres no mercado de trabalho, segundo dados do IBGE. O papel da gestão de pessoas é de extrema importância, pois muito vem se discutindo sobre a necessidade de mudança na execução das atividades laborais das pessoas dentro da organização, visando à valorização do ser humano dentro do ambiente de trabalho. Desse modo, o papel da gestão de pessoas, que muito se discute sobre a necessidade de mudanças na execução das atividades laborais das pessoas dentro das organizações, visando à valorização do ser humano. Neste contexto as indústrias do ramo calçadista que representam um dos principais setores da economia e sua capacidade de geração de empregos, foi o objeto desse estudo, tendo como objetivo investigar quais os desafios que a gestão de pessoas se depara para contratar e manter mulheres em seu quadro de colaboradores. O processo metodológico se deu a partir de um estudo de caso, de abordagem qualitativa, tratando-se de um estudo descritivo e exploratório. Os resultados, coletados por meio de uma entrevista estruturada junto à gestora de pessoas da indústria calçadista, indicam que a empresa não faz distinção alguma em relação aos sexos feminino e masculino nem no ato do recrutamento e nem na manutenção dessas colaboradoras, ao tempo que adota enquanto critérios a capacitação técnica para o exercício da função. ________________________________________________________________________________________ ABSTRACT The history of women in the labor market underwent many changes over time, and in the mid-1940s, when industries began to multiply and men were no longer meeting the need for labor, it was then that the women begin to enter the labor market. However, from the beginning there was a disparity in wages compared to men, as a result of this, industries chose to hire women because the cost of labor was cheaper. As the years passed, women began to occupy the market and struggled to equalize their rights with those of men. Thus, there was an increase of approximately 35% between 1950 and 2018 in the participation of women in the labor market, according to IBGE data. Thus, the role of people management, which is often discussed about the need for changes in the execution of people's work activities within organizations, aiming at valuing the human being. In this context, the footwear industries, which represent one of the main sectors of the economy and their capacity to generate jobs, were the object of this study, aiming to investigate the challenges that people management faces to hire and keep women in its staff. The methodological process was based on a case study, with a qualitative approach, being a descriptive and exploratory study. The results, collected through a structured interview with the person manager of the footwear industry, indicate that the company makes no distinction in relation to females and males, neither in the act of recruiting nor in the maintenance of these employees, while adopting as criteria the technical training for the exercise of the function.