Prevalência de cárie dentária em escolares da educação infantil e fundamental na cidade de Santa Teresinha - Ba

Abstract

Apesar de dados da literatura demonstrarem o declínio da cárie dentária nas últimas décadas, ela continua a apresentar alta prevalência na primeira infância, afetando principalmente crianças menores de 06 anos. O entendimento da cárie dentária como uma doença comportamental e disbiótica, reforça a necessidade de se criar cada vez mais campanhas de educação em saúde. Esta pesquisa é um estudo piloto transversal, descritivo e quantitativo, para identificar a prevalência de cárie dentária em escolares de 5 a 15 anos de idade, na cidade de Santa Teresinha-BA. O índice utilizado para avaliação epidemiológica, foi o CPO-D (dente cariado perdido e obturado, dentição permanente) e o ceo-d (dentição decídua). Em seguida os dados foram transcritos para o programa Excel for Windows® e analisados de forma descritiva, e apresentados por meio de tabelas com números percentuais. Os resultados demostraram que a maioria das crianças eram de famílias com baixa renda, com 34% delas nunca tendo visitado um consultório odontológico. Ao examinar a condição da dentição decídua e permanente, notou-se que a permanente apresentou bons resultados, com prevalência de dentes hígidos acima dos 95%. Já no quesito dentes cariados, a dentição decídua apresentou um percentual superior à dos permanentes, com 11,13%. Ao realizar uma análise do ceo-d e CPO-D por faixa etária, percebe-se que a dentição decídua se encontra com a pior situação aos 7 anos, chegando a 2,19 de média. Já o pior resultado de CPO-D foi expressado aos 15 anos, onde a média é de 3,00. O índice geral em Santa Terezinha-Ba de CPO-D encontrado foi de 0,49 e o de ceo-d 1,11. Com isso, verificou-se que a cárie continua sendo uma condição com relevância epidemiológica e social, todavia a presença de práticas educativas, informações de saúde e a fluoretação das águas, tem exercido um papel fundamental para o controle do ceo-d e CPO-D, atingindo padrões aceitáveis pela Organização Mundial da Saúde (OMS). ________________________________________________________________________________________ ABSTRACT Despite data showing a decline in dental caries in recent decades, it continues to show a high prevalence in early childhood, mainly affecting children under 06 years of age. The understanding of dental caries as a behavioral and dysbiotic disease reinforces the need to increasingly create health education campaigns. This research is a cross-sectional, descriptive and quantitative pilot study to identify the prevalence of dental caries in schoolchildren aged 5 to 15 years in the city of Santa Teresinha BA. The index used for epidemiological evaluation was the DMF-D (decayed tooth lost and filled, permanent dentition) and the DSC-d (deciduous dentition). Then, the data were transcribed into the Excel for Windows® program and analyzed descriptively, and presented through tables with percentage numbers. The results showed that most children were from low-income families, with 34% of them never having visited a dental office. When examining the condition of the deciduous and permanent dentition, it was noted that the permanent had good results, with a prevalence of healthy teeth above 95%. In terms of decayed teeth, primary dentition had a higher percentage than permanent dentition, with 11.13%. When performing an analysis of dmft and DMFT by age group, it can be seen that primary dentition is in the worst situation at 7 years of age, reaching an average of 2.19. The worst result of CPO-D was expressed at 15 years of age, where the average is 3.00. The general index in Santa Terezinha-Ba of CPO-D found was 0.49 and that of dmft-d was 1.11. Thus, it was found that caries remains a condition with epidemiological and social relevance, however the presence of educational practices, health information and water fluoridation has played a key role in the control of dmft and DMF- D, reaching standards acceptable by the World Health Organization (WHO).