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Título: Investigação das alterações imunológicas associadas à síndrome de resposta inflamatória sistêmica pós cirurgias cardiovasculares com circulação extracorpórea
Orientador(es): Henrique Bridi
Hellen Freitas Fonseca
Palavras-chave: Alterações Imuno-hematológicas
Síndrome da Resposta Inflamatória Sistêmica - SRIS
Cirurgias Cardiovasculares
Perfusionista
Data do documento: 2021
Editor: Faculdade Maria Milza
Membros da Banca : Carlos Danilo Cardoso Matos Silva
Jasielle Bastos de Souza
Resumo: A técnica da Circulação Extracorpórea (CEC) foi desenvolvida para auxiliar, como suporte temporário não fisiológico cardíaco e pulmonar. O contato do sangue com a máquina promove efeitos e traumas que associados as mudanças de temperatura do tecido sanguíneo resulta em alterações imuno hematológicas. Estas alterações desencadeiam uma série de eventos caracterizados como a Síndrome da Resposta Inflamatória Sistêmica (SIRS). A sintomatologia da SIRS é caracterizada por febre, taquipneia, taquicardia e aumento dos valores dos componentes hematológicos. Esta síndrome cursa como uma disfunção orgânica sistêmica que apresenta complicações como a insuficiência renal, cardíaca, pulmonar, hepática e discrasias sanguíneas. O objetivo geral do presente trabalho é avaliar as principais alterações imuno hematológicas associadas ao desenvolvimento da SIRS em pacientes submetidos a cirurgias cardiovasculares com CEC. Para destacar os principais efeitos sistêmicos e alterações imunológicas observados na técnica de CEC, foi realizada uma revisão de literatura narrativa, a partir de documentos científicos publicados nos últimos vinte anos (2001 a 2021). A partir dos estudos reunidos nesse trabalho foi demonstrado o envolvimento de diversos mediadores inflamatórios envolvidos na SIRS onde se destaca a liberação de componentes como os peptídeos C3a e C5b (fatores do sistema complemento), que estimulam a liberação de citocinas pré-inflamatórias como a proteína C reativa (fase aguda) e pró-inflamatórias, tais como a IL-1, IL-6, IL-8, IL-10, IL-8, IL-13 e IFN-α, ocorrendo uma lesão de reperfusão. Isso porque ao restaurar a oxigenação do miocárdio, existe a possibilidade de ocorrer uma forte resposta inflamatória local, causando danos ao tecido cardíaco, levando à disfunção orgânica, havendo diminuição da vasodilatação e aumento da permeabilidade microvascular. O uso da CEC vêm sendo cada vez mais difundidas em casos de cardiopatias e outras necessidades como a COVID-19. Embora o número de casos da SIRS tenha reduzido no decorrer dos anos, ainda há índice de comorbidades e complicações pós operatórias devido ao impacto endotelial, independente do tempo na CEC. Deve-se caracterizá-la de forma objetiva evitando efeitos colaterais ou óbito dos pacientes. Os efeitos adversos tem maior prevalência em idosos, adultos com comorbidades (hipertensão, diabetes e doenças autoimunes) e crianças principalmente recém-nascidos lactantes. Além disso, evidencia-se o papel do profissional biomédico especialista na CEC, que auxilia antes, durante e após a execução da técnica. Sua função é coletar os dados da anamnese, observar os resultados laboratoriais, gasométricos e/ou alterações que possam comprometer a condução adequada do tratamento. ________________________________________________________________________________________ ABSTRACT The extracorporeal circulation (ECC) technique was developed to assist, as temporary non-physiological cardiac and pulmonary support. The contact of blood with a machine promotes effects and traumas that associated with changes in blood tissue temperature resulting in immunohematological changes. These changes trigger a series of events characterized as Systemic Inflammatory Response Syndrome (SIRS). SIRS symptoms are characterized by fever, tachypnea, tachycardia and increased values of hematological components. SIRS courses as a systemic organic dysfunction that presents complications such as cardiac, pulmonary and hepatic renal failure and blood dyscrasias. This process leads to the release of components such as C3a and C5b peptides (complement system factors), which stimulate the release of pre inflammatory cytokines such as reactive protein C (acute phase) and pro inflammatory ones, such as IL-1, IL -6, IL-8, IL-10, IFN-α. This is because when restoring myocardial oxygenation, there is the possibility of a strong local inflammatory response, causing damage to the cardiac tissue, leading to organic dysfunction, with a decrease in vasodilation and an increase in microvascular permeability. The use of ECC has been increasingly widespread in cases of heart disease and other needs such as COVID-19. Although the number of SIRS cases has reduced over the years, there is still an index of comorbidities and postoperative complications due to the endothelial impact, regardless of the time on ECC. The study must characterize it, avoiding side effects or patient death. Adverse effects are more prevalent in the elderly, adults with comorbidities (hypertension, diabetes and autoimmune diseases) and children, especially lactating newborns. Furthermore, the role of the biomedical professional specialist in ECC is highlighted, which helps before, during and after the execution of the technique. Its function is to collect data from the anamnesis, observe laboratory and blood gas results and/or changes that may compromise the proper conduct of treatment.
URI: http://131.0.244.66:8082/jspui/handle/123456789/2418
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