Degradação do concreto de fundações submersas por ataques de sulfatos e reação álcali-agregado: uma revisão da literatura

Abstract

O concreto quando exposto em ambiente marinho apresenta um risco natural de deterioração, devido à elevada agressividade dos diversos compostos salinos presentes na água do mar. A deterioração do concreto, ocorre, na prática, por fenômenos físico químicos, que possuem diversas origens, na qual em ambiente marinho, principalmente em elementos submersos, pode-se observar o surgimento da reação álcalis-agregado (RAA) e do ataque por sulfatos em fundações profundas confeccionadas em concreto. Assim, este estudo tem como objetivo geral apresentar principais fatores para ação de ataques por sulfatos e RAA para a degradação do concreto submerso em ambiente marinho, além de apontar os sintomas inerentes ao ataque de sulfatos e RAA no concreto em fundações submersas na água do mar, indicar os materiais que auxiliam na prevenção destas manifestações patológicas e relatar as formas convencionais de prevenção/correção destas manifestações patológicas. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, com uma abordagem qualitativa, e a coleta de dados foi com base em artigos científicos, dissertações e teses com auxílio do Google Acadêmico e Scielo. Com base na metodologia empregada, identificou-se que a RAA é uma manifestação patológica de grau elevado de deterioração e é decorrente da interação entre a quantidade de álcalis disponíveis e a potencialidade reativa dos agregados, além da presença de água no meio. Já o ataque por sulfatos, é proveniente da reação química entre os sulfatos e os aluminatos proveniente do cimento, formando compostos expansivos que ocupa um maior volume, gerando o aparecimento de tensões que causam a deterioração. Desta forma, são manifestações patológicas graves que podem causar riscos de colapso do elemento estrutural, e sem tratamento definitivo para o concreto, havendo meios eficazes de prevenção ou paliativos que amenizam a deterioração das estruturas. ________________________________________________________________________________________ ABSTRACT When exposed to a marine environment, concrete presents a natural risk of deterioration, due to the high aggressiveness of the different saline compounds present in seawater. The deterioration of concrete occurs, in practice, by physicochemical phenomena, which have different origins, in which in the marine environment, especially in submerged elements, it is possible to observe the emergence of the alkali-aggregate reaction (AAR) and attack by sulphates in deep foundations made of concrete. Thus, this study aims to present the main factors for the action of attacks by sulfates and RAA for the degradation of submerged concrete in a marine environment, in addition to pointing out the symptoms inherent to the attack of sulfates and RAA in concrete in foundations submerged in seawater , indicate the materials that help in the prevention of these pathological manifestations and report the conventional ways of prevention/correction of these pathological manifestations. This is a bibliographical research, with a qualitative approach, and data collection was based on scientific articles, dissertations and theses with the help of Google Academic and Scielo. Based on the methodology used, it was identified that RAA is a pathological manifestation with a high degree of deterioration and is due to the interaction between the amount of available alkalis and the reactive potential of the aggregates, in addition to the presence of water in the medium. The attack by sulphates, on the other hand, comes from the chemical reaction between sulphates and aluminates from cement, forming expansive compounds that occupy a larger volume, generating the appearance of tensions that cause deterioration. In this way, they are serious pathological manifestations that can cause risks of collapse of the structural element, and without definitive treatment for the concrete, with effective means of prevention or palliative measures that mitigate the deterioration of structures.