Reações adversas pós vacinação contra a covid-19 em colaboradores de um laboratório de análises clínicas situado na Bahia

Abstract

A COVID-19 é uma infecção causada pelo vírus SARS-CoV-2, que se disseminou de forma rápida por todo mundo, sendo caracterizada como uma pandemia em março de 2020. Para a ciência, uma medida capaz de conter os avanços provocados pelo novo coronavírus é a vacina. Desta forma, em menos de 1 ano após o surgimento do SARS-CoV-2, já se tinha vacinas sendo utilizadas com intuito de imunizar a população. Contudo, a forma acelerada como tudo aconteceu provocou questionamentos na população no que diz respeito à segurança das vacinas. O monitoramento das reações adversas produzidas após a aplicação do imunizante é uma forma de garantir a sua segurança. Por isso, o objetivo desse trabalho foi analisar a ocorrência de reações adversas após a vacinação contra a COVID-19 nos colaboradores de um laboratório de análises clínicas situado na Bahia. Teve como objetivos específicos identificar as reações adversas prevalentes; classificar os tipos de reações adversas após a vacinação; determinar as características clínicas e sócio demográficas e verificar a ocorrência de notificação nos casos de reação adversa após a vacinação. A pesquisa realizada foi de cunho exploratório com análise qualitativa e quantitativa. Foi disponibilizado questionário semiestruturado por meio eletrônico para 100 colaboradores e, após os critérios de inclusão e exclusão aplicados, foram obtidas respostas de 80 colaboradores. Em seguida, os dados foram analisados por média percentual e posteriormente convertido em gráficos e tabelas com o auxílio do Excel. Como resultado, a pesquisa teve um percentual maior de mulheres (73,8%) do que de homens (26,2%), as vacinas utilizadas pela população estudada foram Coronavac, Oxford e Pfizer, destaca-se que 67,5% dos colaboradores tiveram alguma reação adversa à vacina, mas que nenhuma dessas reações descritas pelos participantes ofereceu risco à sua saúde e bem-estar, sendo relatado como reação adversa mais comum na 1ª e 2ª dose, dor local (51,9% e 37%, respectivamente) e dor no corpo (42,6% na 1ª dose e 31,5% na 2ª dose). Outro ponto analisado foi referente ao conhecimento sobre notificação espontânea de reação adversa no qual 51,9% dos colaboradores não notificaram as reações porque não sabiam como notificar. Desta forma, foi possível concluir que as vacinas tiveram um perfil de segurança satisfatório, e que as reações apresentadas foram semelhantes aos estudos realizados pelos fabricantes das vacinas e que existe uma falta de conhecimento sobre a importância e também de como realizar uma notificação. _______________________________________________________________________________________ ABSTRACT COVID-19 is an infection caused by the SARS-CoV-2 virus, which spread quickly throughout the world, being characterized as a pandemic in March 2020. For science, a measure capable of containing the advances caused by the new coronavirus is the vaccine. Thus, in less than 1 year after the emergence of SARS-CoV-2, vaccines were already being used with the aim of immunizing the population. However, the accelerated way in which everything happened caused questions in the population regarding the safety of vaccines. The monitoring of adverse reactions produced after the application of the immunizing agent is a way to guarantee its safety. Therefore, the objective of this study was to analyze the occurrence of adverse reactions after vaccination against COVID-19 in employees of a clinical analysis laboratory located in Bahia. Its specific objectives were to identify the most prevalent adverse reactions; classify the types of adverse reactions after vaccination; determine the clinical and sociodemographic characteristics and verify the occurrence of notification in cases of adverse reaction after vaccination. The research carried out was exploratory in nature with qualitative and quantitative analysis. A semi-structured questionnaire was made available electronically to 100 employees and, after the inclusion and exclusion criteria were applied, responses were obtained from 80 employees. Then, the data were analyzed by percentage average and later converted into graphs and tables with the aid of Excel. As a result, the research had a higher percentage of women (73.8%) than men (26.2%), the vaccines used by the studied population were Coronavac, Oxford and Pfizer, it is highlighted that 67.5% of the collaborators had some adverse reaction to the vaccine, but that none of these reactions described by the participants posed a risk to their health and well being, being reported as the most common adverse reaction in the 1st and 2nd doses, local pain (51.9% and 37%, respectively) and pain in the body (42.6% in the 1st dose and 31.5% in the 2nd dose). Another point analyzed was related to knowledge about spontaneous notification of adverse reactions in which 51.9% of employees did not notify reactions because they did not know how to notify. Thus, it was possible to conclude that the vaccines had a satisfactory safety profile, that the reactions presented were similar to the studies carried out by the vaccine manufacturers and that there is a lack of knowledge about the importance and also how to carry out a notification.