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Título: Vozes de mulheres que vivenciaram o trabalho de parto e parto: um olhar sobre a violência obstétrica
Orientador(es): Camila Torres da Paz
Palavras-chave: Violência Obstétrica
Trabalho de Parto
Parto Humanizado
Data do documento: 2022
Editor: Centro Universitário Maria Milza
Membros da Banca : Liliany Santana da Silva
Aline Pires Reis
Resumo: O Parto é um momento significativo para a mulher, marcado por muitas transformações que originam novas perspectivas de vida. Na antiguidade, esse evento era comumente assumido por outras mulheres, com a presença zelosa da família, a escolha da gestante sobre como desejava estar, sem histórico de violência obstétrica como nos dias atuais. Com o início dos séculos XX, essa naturalidade e humanização foram migrando para algo dependente de interferências cirúrgicas e subordinação a práticas cruéis. O impacto gerado na vida das mulheres em virtude das intervenções desnecessárias e violentas durante o trabalho de parto e parto repercute até a atualidade, evidenciando a necessidade crescente de abordar tal temática. Nesse sentido o presente estudo teve como objetivo geral: conhecer a percepção das mulheres em relação a violência obstétrica no trabalho de parto e parto. E como objetivos específicos: traçar o perfil socioeconômico das mulheres; descrever como foi à assistência prestada às mulheres no trabalho de parto e parto; verificar se as experiências vivenciadas no trabalho de parto e parto tem relação com violência obstétrica; identificar o impacto físico, psicológico e social que a violência obstétrica pode causar. Trata-se de um estudo descritivo de abordagem qualitativa, que foi realizado de forma online através da plataforma Google, por meio do Google Forms. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa sob o parecer de número 5.287.465. O questionário online foi elaborado com blocos de perguntas a respeito do perfil socioeconômico e as experiências do trabalho de parto e parto das participantes. A técnica utilizada para alcance e identificação das participantes foi a Bola de Neve. Para estabelecer o final da amostra foi utilizada a técnica de saturação. E a análise e interpretação dos dados foram segundo Minayo. Na definição do perfil socioeconômico houve variação de idade das participantes, entre 19 a 57 anos e quanto aos partos, foram 19 partos normais e 23 cesarianas. Foi possível perceber uma fragilidade na assistência prestada às mulheres no trabalho de parto e parto, pois mesmos com anos de estudos, alguns profissionais se mostram inflexíveis em relação à mudanças na prestação dos cuidados, mesmo que isso contribua com assistência mais qualificada. Além disso, pode-se identificar que as mulheres não receberam orientações suficientes sobre como lidar em situações de violência obstétrica. Através dos relatos foi possível identificar que houveram práticas como manobra de kristeller, epsiotomia, realização de procedimentos sem consentimento, além atitudes de descaso e indiferença por portes dos profissionais, e que geraram impactos físicos, como fratura de costela, desconforto durante a relação sexual, hemorragia; impactos psicológicos como adquirir o sentimento de incapacidade e considerar traumático o momento do trabalho de parto, e impactos sociais, pois as experiências vivenciadas pelas vítimas de violência obstétrica podem, ao ser disseminadas, passam a ser classificados como indicador negativo de saúde. Por fim, percebe-se a carência de mais estudos e propagação de informações a respeito da violência obstétrica, suas consequências e principalmente como evitar, tendo em vista que ainda é um fato recorrente e que gera inúmeras consequências. _______________________________________________________________________________________ ABSTRACT Childbirth is a significant moment for women, marked by many transformations that give rise to new perspectives of life. In ancient times, this event was commonly assumed by other women, with the caring presence of the family, the pregnant woman's choice about how she wanted to be, with no history of obstetric violence as in our days. With the beginning of the 20th centuries, this naturalness and humanization migrated to something dependent on surgical interferences and subordination to cruel practices. The impact generated in women's lives due to unnecessary and violentei interventions during labor and delivery reverberates until todas, highlighting the growing need to address this issue. In this sense, the present study had as its general objective: to know the perception of women regarding obstetric violence during labor and delivery. And as specific objectives: to trace the socioeconomic profile of women; describe how was the assistance provided to women in labor and delivery; verify whether the experiences lived in labor and delivery are related to obstetric violence; identify the physical, psychological and social impact that obstetric violence can cause. This is a descriptive study with a qualitative approach, which was conducted online through the Google platform, using Google Forms. The study was approved by the Ethics and Research Committee under opinion number 5,287,465. The online questionnaire was designed with blocks of questions about the socioeconomic profile and labor and delivery experiences of the participants. The technique used to reach and identify the participants was the Snowball. To establish the end of the sample, the saturation technique was used. And the data analysis and interpretation were according to Minayo. In the definition of the socioeconomic profile there was a variation in the participants' age, between 19 and 57 years, and as for deliveries, there were 19 normal deliveries and 23 cesarean sections. It was possible to perceive a fragility in the assistance given to women during labor and birth, because even with years of study, some professionals are inflexible about changes in the provision of care, even if this contributes to a more qualified assistance. In addition, it can be identified that women did not receive sufficient guidance on how to deal with situations of obstetric violence. Through the reports it was possible to identify that there were practices such as kristeller's maneuver, epsiotomy, performance of procedures without consent, in addition to attitudes of disregard and indifference by the professionals, and that generated physical impacts, such as rib fracture, discomfort during intercourse, hemorrhage; psychological impacts such as acquiring the feeling of incapability and considering the moment of labor traumatic, and social impacts, since the experiences experienced by the victims of obstetric violence may, when disseminated, come to be classified as a negative health indicator. Finally, we realize the lack of further studies and dissemination of information about obstetric violence, its consequences and especially how to avoid it, considering that it is still a recurring fact and generates numerous consequences.
URI: http://131.0.244.66:8082/jspui/handle/123456789/2645
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