Efeitos da fisioterapia na incontinência urinária em pacientes geriátricos

Abstract

A incontinência urinária se apresenta como uma importante síndrome geriátrica que está relacionada com a perda involuntária de urina, acometendo com maior frequência a população idosa. É provocada por causas multifatoriais que repercutem diretamente na qualidade de vida desses pacientes, ocasionando em isolamento, constrangimento, incapacidade funcional e até mesmo depressão. Diante do crescimento substancial da expectativa de vida da população brasileira e consequente aumento de indivíduos acima de 60 anos é necessário uma reorganização dos sistemas públicos de saúde a fim de oferecer condições acessíveis de prevenção e promoção da saúde com intuito de proporcionar uma melhor qualidade de vida durante o processo de envelhecimento. Este estudo tem como objetivo geral verificar a importância da fisioterapia no tratamento da incontinência urinária em idosos e, como objetivos específicos, identificar o perfil sociodemográfico, descrever os recursos fisioterapêuticos mais utilizados no tratamento da incontinência urinária em idosos e por fim relatar os benefícios do tratamento fisioterapêutico. Foi realizada uma pesquisa de campo de caráter descritivo com abordagem quali-quantitativa a fim de alcançar os objetivos apresentados. Dessa forma, para o desenvolvimento do trabalho a pesquisa foi realizada em uma clínica privada localizada em um município no Recôncavo da Bahia que conta com serviços e especialidades diversas, dentre elas a fisioterapia pélvica. Foi realizada uma análise de prontuários dos pacientes geriátricos com diagnóstico de incontinência urinária, onde foram selecionados 13 prontuários, que devido aos critérios e inclusão e exclusão apenas 6 fizeram parte da pesquisa. A maior parte dos indivíduos eram do sexo feminino 66,7%, com idade entre 60-80 anos 50%, sendo a maioria, aposentados (as) e casados (as) correspondendo a 83,3%. Ainda foi possível identificar uma predominância entre os tipos de IU, onde 66,7% dos indivíduos apresentaram incontinência urinária de urgência. Em relação aos recursos fisioterapêuticos foram utilizados a cinesioterapia, eletroestimulação, biofeedback e cones vaginais e a evolução do tratamento demostrou resultados positivos, contribuindo na melhora dos sintomas. Portanto, concluiu-se que o tratamento fisioterapêutico para IU mostrou-se efetivo, proporcionando melhora significativa na força muscular, sensibilidade e redução das queixas de perdas urinárias, possibilitando aos indivíduos maior consciência e compreensão da musculatura envolvida. ________________________________________________________________________________________ ABSTRACT Urinary incontinence presents itself as an important geriatric syndrome that is related to the involuntary loss of urine, affecting more frequently the elderly population. It is caused by multifactorial causes that directly affect the quality of life of these patients, causing isolation, embarrassment, functional disability and even depression. Given the substantial growth in the life expectancy of the Brazilian population and the consequent increase in individuals over 60 years of age, a reorganization of public health systems is necessary in order to offer accessible conditions for prevention and health promotion in order to provide a better quality of life. during the aging process. The general objective of this study is to verify the importance of physical therapy in the treatment of urinary incontinence in the elderly and, as specific objectives, to identify the sociodemographic profile, describe the most used physical therapy resources in the treatment of urinary incontinence in seniors and, finally report the benefits of physical therapy treatment. A descriptive field research was carried out with a quali quantitative approach in order to achieve the presented objectives. Thus, for the development of the work, the research was carried out in a private clinic located in a municipality in the Recôncavo da Bahia that has several services and specialties, including pelvic physiotherapy. Therefore, an analysis of medical records of geriatric patients diagnosed with urinary incontinence was performed, 13 records were selected, but due to the inclusion and exclusion criteria, only 6 are part of the research. Most individuals were female 66.7%, aged between 60-80 years 50%, with the majority being retired 66.7% and married (a) corresponding to 83.3%, it was still possible to identify a predominance between the types of UI, where 66.7% of the individuals had urge urinary incontinence. Regarding the physiotherapeutic resources, kinesiotherapy, electrostimulation, biofeedback and vaginal cones were used, the evolution of the treatment showed positive results, contributing to the improvement of symptoms. Therefore, it is concluded that pelvic physiotherapy for the treatment of UI proved to be effective, providing significant improvement in muscle strength, sensitivity and reduction of urinary loss complaints, allowing individuals greater awareness and understanding of the muscles involved.