Contribuição da radiologia industrial na esterilização de aloenxertos cutâneos: uma revisão de literatura

Abstract

As queimaduras são responsáveis por vitimizar cerca de dois milhões de brasileiros a cada ano, gerando grandes impactos emocionais e financeiros se tornando um grave problema de saúde pública. Visando agilidade e eficácia no tratamento das lesões por queimaduras foi desenvolvido os aloenxertos cutâneos, sendo definidos como tecidos de doadores de uma mesma espécie com constituições genéticas diferentes; porém esses tecidos trazem um alto risco de contaminação. Desse modo, surge a necessidade de esterilizar os aloenxertos para evitar possíveis infecções e consequentemente rejeições do transplante e agravamento do quadro do paciente. Em virtude disso, a radiologia industrial vem com a proposta de esterilização por radiação ionizante com o intuito de inativar os microrganismos e bactérias evitando assim contaminações transmitidas de doador para receptor através dos aloenxertos. Neste contexto, o objetivo geral deste trabalho foi analisar a contribuição da radiologia industrial na esterilização dos aloenxertos cutâneos, tendo como objetivos específicos: caracterizar a técnica de esterilização de aloenxertos na radiologia industrial; averiguar a eficácia da utilização da radioesterilização cutânea bem como verificar as vantagens da utilização da radioesterilização cutânea. Para o desenvolvimento deste estudo foi realizada uma revisão bibliográfica do tipo integrativa caracterizando-se como pesquisa exploratória e descritiva, baseando-se na elaboração de uma análise ampla da literatura, por meio da obtenção de artigos científicos e trabalhos que abordem o tema da pesquisa em bases de dados contribuindo para discussões sobre métodos e resultados de pesquisas, assim como reflexões sobre a realização de trabalhos futuros, possibilitando conclusões acerca de uma área de estudo. Por tanto, tornou-se evidente que a esterilização de aloenxertos cutâneos é o método mais eficaz para assepsia dos tecidos tegumentares e com os menores índices de recontaminação, visto que, não há manuseio direto do tecido pois os mesmos são radioesterilizados em suas embalagens finais, além de manterem estruturas que aceleram o processo de cicatrização e umidificação da pele de pacientes com lesões por queimaduras de 2° e/ou 3° grau. ____________________________________________________________________________________ ABSTRACT Burns are responsible for victimizing about two million Brazilians each year, generating great emotional and financial impacts, becoming a serious public health problem. Aiming at agility and efficiency in the treatment of burn injuries, skin allografts were developed, being defined as tissues from donors of the same species with different genetic constitutions; however, these fabrics carry a high risk of contamination. Thus, there is a need to sterilize the allografts to avoid possible infections and, consequently, transplant rejections and worsening of the patient's condition. As a result, industrial radiology proposes sterilization by ionizing radiation in order to inactivate microorganisms and bacteria, thus avoiding contamination transmitted from donor to recipient through allografts. In this context, the general objective of this work was to analyze the contribution of industrial radiology in the sterilization of skin allografts, having as specific objectives: to characterize the technique of sterilization of allografts in industrial radiology; to investigate the effectiveness of the use of cutaneous radiosterilization as well as to verify the advantages of the use of cutaneous radiosterilization. For the development of this study, a bibliographic review of the integrative type was carried out, characterized as exploratory and descriptive research, based on the elaboration of a broad analysis of the literature, by obtaining scientific articles and works that address the research topic in databases contributing to discussions on research methods and results, as well as reflections on future work, enabling conclusions about an area of study. Therefore, it became evident that the sterilization of skin allografts is the most effective method for asepsis of integumentary tissues and with the lowest rates of recontamination, since there is no direct handling of the tissue because they are radiosterilized in their final packaging, in addition to maintaining structures that accelerate the healing process and skin humidification of patients with 2nd and/or 3rd degree burn injuries.