Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://131.0.244.66:8082/jspui/handle/123456789/2854
Título: Educação financeira na formação extracurricular de jovens aprendizes: uma proposta desenvolvida no SENAI
Orientador(es): Áurea Fabiana Apolinário de Albuquerque Gerum
Palavras-chave: Educação Financeira
Finanças Pessoais
Finanças Sustentáveis
Data do documento: 2022
Editor: Centro Universitário Maria Milza
Membros da Banca : Warli Anjos de Souza
Andréa Jaqueira da Silva Borges
Resumo: A exaltação ao consumo, acompanhada do aumento indiscriminado de crédito, implicou transformações nos hábitos e padrões de consumo das famílias brasileiras que, por possuírem conhecimentos incipientes sobre educação financeira, têm refletido nas decisões de compra, muitas vezes instintivas e não conscientes. Este comportamento interfere no orçamento financeiro pessoal, comprometendo a qualidade de vida e trazendo insegurança sobre decisões que impactam o futuro do planejamento financeiro, principalmente entre os jovens que, por não terem os mecanismos de orientação adequados, desenvolvem comportamentos prematuros de consumo. O desafio reside em implementar ações voltadas ao consumo responsável, de forma a satisfazer a demanda crescente por bens e serviços, mas sem pôr em risco o orçamento pessoal e, consequentemente, a qualidade de vida. Por outro lado, o Sistema de Educação Financeira Brasileiro tem se mostrado, desde sua criação em 2010, ineficaz, moroso e estritamente bancário. Apesar da inclusão do tema Educação Financeira na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) em 2021 como disciplina não obrigatória, não houve avanços significativos na estruturação de políticas públicas que promovessem a difusão deste tema de forma acessível e adequada ao público jovem, bem como na formação e capacitação dos professores sobre a temática. A alternativa ao atual sistema é uma educação financeira que fomente mudanças de hábitos para um consumo responsável ainda no início da vida produtiva e financeira, através de metodologias disruptivas e lúdicas, estimulando um novo perfil de consumidores aptos a tomarem decisões na esfera das finanças pessoais e nos hábitos de compra de maneira consciente, desenvolvendo um novo significado ao “ser consumidor”. Diante de tais pressupostos, o objetivo geral deste estudo foi analisar as concepções de educação financeira de jovens aprendizes do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), na perspectiva de elaborar uma proposta pedagógica extracurricular em Educação Financeira. Para o alcance desse objetivo, foi aplicado um questionário contendo perguntas sobre educação financeira e suas variáveis (conhecimento, comportamento e atitude financeira) em uma amostra estatisticamente representativa de jovens aprendizes entre 18 e 24 anos, matriculados no programa Jovem Aprendiz do SENAI de Feira de Santana, Bahia. Este estudo é caracterizado como descritivo, com abordagem quali-quantitativa, cujos dados quantitativos são apresentados através de estatística descritiva, e os qualitativos por meio de análise qualitativa. As análises dos dados evidenciaram que os jovens apresentam baixo nível de conhecimento financeiro, dificuldades na compreensão de operações matemáticas básicas (como juros e taxas), baixa propensão a poupar (apenas a curto prazo) e desconhecimento de opções de investimento. Muitos jovens já adquiriram produtos ou serviços e se arrependeram posteriormente, e uma pequena parte já teve o nome negativado nos serviços de proteção ao crédito. Com base na análise dos resultados, sugeriu-se uma proposta de formação extracurricular em Educação Financeira por meio de curso on-line, utilizando-se como abordagem uma história ilustrativa. Propõe-se com este curso a difusão do conhecimento financeiro de forma acessível e metodologicamente atrativa ao público jovem, na tentativa de promover melhores hábitos de consumo e mudança de hábitos na gestão dos recursos pessoais, visando sua autossustentabilidade financeira. _______________________________________________________________________________________ ABSTRACT The exaltation of consumption, accompanied by the indiscriminate increase in credit, has led to changes in the habits and consumption patterns of Brazilian families that, due to their incipient knowledge of financial education, have reflected in purchasing decisions, often instinctive and not conscious. This behavior interferes in the personal financial budget, compromising the quality of life and bringing insecurity about decisions that impact the future of financial planning, especially among young people who, for not having the proper guidance mechanisms, develop premature consumption behaviors. The challenge lies in implementing actions aimed at responsible consumption, in order to meet the growing demand for goods and services, but without jeopardizing the personal budget and, consequently, the quality of life. On the other hand, the Brazilian Financial Education System has shown itself, since its creation in 2010, to be ineffective, slow and strictly banking. Despite the inclusion of the topic of Financial Education in the Common National Curricular Base (BNCC) in 2021 as a non-mandatory subject, there were no significant advances in the structuring of public policies that promote the dissemination of this topic in an accessible and appropriate way to young people, as well as in the training and qualification of teachers on the topic. The alternative to the current system is a financial education that fosters changes in habits for a responsible consumption still in the beginning of the productive and financial life, through disruptive and playful methodologies, stimulating a new profile of consumers able to make decisions in the sphere of personal finance and purchasing habits in a conscious manner, developing a new meaning to "being a consumer". Given these assumptions, the general objective of this study was to analyze the conceptions of financial education of young apprentices of the National Service for Industrial Learning (SENAI), in order to develop an extracurricular pedagogical proposal in Financial Education. To reach this goal, a questionnaire containing questions about financial education and its variables (knowledge, behavior and financial attitude) was applied to a statistically representative sample of young apprentices between 18 and 24 years old, enrolled in the Young Apprentice Program at SENAI in Feira de Santana, Bahia. This study is characterized as descriptive, with a quali-quantitative approach, whose quantitative data are presented through descriptive statistics, and qualitative data are presented through qualitative analysis. The data analysis showed that young people present a low level of financial knowledge, difficulties in understanding basic mathematical operations (such as interest and rates), low propensity to save (only in the short term) and lack of knowledge about investment options. Many young people have already bought products or services and regretted it later, and a small part of them have already had their name blacklisted by the credit protection services. Based on the analysis of the results, we suggested an extracurricular training proposal in Financial Education through an online course, using an illustrative story as an approach. This course proposes to disseminate financial knowledge in an accessible and methodologically attractive way to young people, in an attempt to promote better consumption habits and change of habits in the management of personal resources, aiming at their financial self-sustainability.
URI: http://131.0.244.66:8082/jspui/handle/123456789/2854
Aparece nas coleções:MESTRADO PROFISSIONAL EM DESENVOLVIMENTO REGIONAL E MEIO AMBIENTE

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
DISSERTAÇÃO - WARLLEN DE JESUS LIMA.pdf2,98 MBAdobe PDFVisualizar/Abrir


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.