Concepção da gestante sobre vacinação contra a Covid-19 na gestação em um município do recôncavo da Bahia

Abstract

O SARS-CoV-2 é o vírus causador da COVID-19, que acometeu a população mundial em 2019 proporcionando desde um resfriado a sintomas mais graves, com taxa de letalidade muito alta. Desta forma, devido à alta e rápida propagação da doença, estudiosos relatavam que a solução para o controle e erradicação do vírus seria com a imunização em massa da população. Nesta perspectiva, foi possível notar que alguns indivíduos eram susceptíveis a desenvolver a doença de forma mais grave, dentre eles, estavam o grupo de gestantes e puérperas, que assim, foram adicionadas como grupo prioritário na campanha de vacinação contra o SARS-CoV-2. Visualizando o cenário de Fake News, movimentos antivacina e relatos inseguros quanto ao uso da vacina nesse grupo de mulheres, esta pesquisa tem como objetivo principal conhecer a concepção das gestantes sobre a vacinação contra a COVID-19 no processo gestacional residentes em um município do recôncavo da Bahia. Como objetivos específicos: Traçar o perfil sociodemográfico e clínico das gestantes; identificar fatores que contribuíram na rejeição ou adesão das gestantes a vacina contra a COVID-19; descrever as dificuldades e facilidades vivenciadas pelas gestantes para utilização da vacina. Para isso, após aprovação pelo comitê de ética, parecer nª 5.932.215, foi realizada uma pesquisa do tipo descritiva, com abordagem qualitativa onde foi executada em 3 Unidades de Saúde da Família em um município do recôncavo da Bahia. As participantes da pesquisa foram 13 gestantes do terceiro trimestre gestacional. A coleta de dados foi realizada através de entrevista semiestruturada com cada participante. Após a coleta, as respostas foram avaliadas por meio da técnica de análise de conteúdo de Minayo. Os resultados indicaram que dentro do perfil sociodemográfico a maioria das gestantes se auto declaram pretas, com prevalência de mulheres com 20 anos de idade, sem comorbidades, de baixa renda. No tocante sobre os fatores de rejeição e adesão a vacina contra a COVID-19 durante o período gestacional, notou-se que a maioria das mulheres rejeitou a vacina por medo, pela influência negativa dos comentários da população e as fakes News, quanto aos fatores de adesão apenas foi identificado a proteção materna e fetal. No que se refere as dificuldades e facilidades vivenciadas, foi possível evidenciar que não foram detectadas dificuldades para o acesso a vacina por parte da gestão e sim por questões pessoais pela minoria das gestantes e em relação as facilidades é notório a contribuição das atividades desenvolvidas pelos ACS além da boa assiduidade das gestantes as consultas de pré-natal. Logo, foi possível considerar que a maioria das gestantes possuem pouco conhecimento a respeito da vacinação contra a COVID-19 durante a gestação o que levaram a rejeitar a vacinação durante este período por insegurança. ________________________________________________________________________________________ ABSTRACT: SARS-CoV-2 is the virus that causes COVID-19, which affected the world's population in 2019, ranging from a cold to more severe symptoms, with a very high lethality rate. In this way, due to the high and rapid spread of the disease, scholars reported that the solution for the control and eradication of the virus would be with the mass immunization of the population. In this perspective, it was possible to notice that some individuals were susceptible to develop the disease more severely, among them, were the group of pregnant and puerperal women, who were thus added as a priority group in the vaccination campaign against SARS-CoV-2 . Visualizing the scenario of Fake News, anti-vaccination movements and insecure reports regarding the use of the vaccine in this group of women, this research has as main objective to know the conception of pregnant women about vaccination against COVID-19 in the gestational process residing in a municipality in the Reconcavo region. from Bahia. As specific objectives: Tracing the sociodemographic and clinical profile of pregnant women; identify factors that contributed to the rejection or adherence of pregnant women to the vaccine against COVID-19; describe the difficulties and facilities experienced by pregnant women to use the vaccine. For this, after approval by the ethics committee, opinion nª 5.932.215, a descriptive research was carried out, with a qualitative approach, which was carried out in 3 Family Health Units in a municipality in the reconcavo of Bahia. The research participants were 13 pregnant women in the third trimester of pregnancy. Data collection was performed through semi-structured interviews with each participant. After collection, responses were evaluated using Minayo's content analysis technique. The results indicated that within the sociodemographic profile, most pregnant women declared themselves to be black, with a prevalence of 20-year-old women, without comorbidities, with low income. With regard to the factors of rejection and adherence to the vaccine against COVID-19 during the gestational period, it was noted that the majority of women rejected the vaccine out of fear, due to the negative influence of comments from the population and fake news, regarding the factors of adherence, only maternal and fetal protection was identified. With regard to the difficulties and facilities experienced, it was possible to show that difficulties were not detected for access to the vaccine by the management, but due to personal issues by the minority of pregnant women and in relation to the facilities, the contribution of the activities developed by the CHAs is notorious in addition to the good attendance of pregnant women to prenatal consultations. Therefore, it was possible to consider that most pregnant women have little knowledge about vaccination against COVID-19 during pregnancy, which led them to reject vaccination during this period due to insecurity.