Acompanhamento das crianças expostas ao HIV em um serviço de atendimento especializado

Abstract

A transmissão vertical do HIV acontece pela passagem do vírus da mãe para o feto durante a gravidez, trabalho de parto, parto e/ou amamentação, se não forem realizadas as medidas profiláticas preconizadas pelo Ministério da Saúde. É extremamente importante a assistência adequada as mães vivendo com HIV e as crianças expostas, a fim de prevenir transmissão vertical de acordo com os esquemas otimizados. Assim, o objetivo geral da pesquisa foi analisar como ocorre o acompanhamento da criança exposta ao HIV até a definição diagnóstica no Serviço de Atendimento Especializado (SAE), em um município do recôncavo baiano. Tratou-se de pesquisa de natureza descritiva, documental e retrospectiva, a partir de uma abordagem qualitativa. Os participantes foram os profissionais de saúde de ensino superior que integram a equipe do SAE e que realizam o acompanhamento de crianças expostas ao HIV, particularmente, assistente social, enfermeiro, farmacêutico, psicólogo e médico pediatra. Além disso, foram utilizados os prontuários das crianças expostas ao HIV, para analisar como ocorreu a assistência no Serviço, envolvendo o período de 2011 a 2015. Foram respeitados todos os critérios éticos que envolvem a pesquisa com seres humanos descritos na resolução 466/12. Como método para a análise dos dados foi utilizada a Análise de Conteúdo, segundo Minayo. Assim, foi possível observar que o Serviço de Atendimento Especializado da pesquisa realiza o acompanhamento da criança exposta ao HIV, conforme as orientações do Ministério da Saúde, através do acompanhamento clínico e laboratorial, orientam o uso da alimentação e disponibilizam a fórmula infantil à criança, orientam sobre o uso do antirretroviral em domicílio, entre outras ações que contribuem para a prevenção da transmissão vertical após o nascimento da criança. O espaço do SAE, portanto, pode oferecer o empoderamento aos usuários acerca do conviver com uma doença crônica, incluir a mãe na vigência do HIV/aids, proporcionando possibilidades de prevenção da transmissão vertical e estímulo para outras mães ou mulheres que sonham em ser mães e terem seus filhos livres do HIV.