Saúde mental de enfermeiros que atuam no contexto hospitalar: revisão integrativaSaúde mental de enfermeiros que atuam no contexto hospitalar: revisão integrativa

Abstract

O enfermeiro tem um papel extraordinário no cuidado ao paciente, contudo, sua saúde mental também está propicia a ser afetada e comprometer a qualidade da assistência, isso porque muitos enfermeiros possuem jornadas de trabalho excessivas, não são reconhecidos profissionalmente, lidam sempre com o sofrimento e a morte, dentre outros. Assim, este estudo tem objetivo geral apresentar e discutir os achados da literatura referentes a saúde mental dos enfermeiros que atuam no contexto hospitalar, através de estudos publicados dentro do recorte temporal de 2011 a 2016. O presente estudo foi realizado a partir de uma revisão integrativa da literatura, na Biblioteca Virtual em Saúde, nas bases eletrônicas: Base de dados de enfermagem e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde. Foram utilizados como critérios de inclusão: artigos disponíveis, com textos em português indexados, com resumo disponível online, tendo como descritores: “saúde do trabalhador”, “enfermeiro”, “saúde mental” e “hospital”. Após os filtros utilizados foram selecionados 08 artigos. Constatou-se que as áreas críticas dos hospitais, como o CME é um local onde muitos enfermeiros atuam em cargas exaustivas de trabalho, uma vez que a maioria deles possuem mais de um vínculo empregatício, chegando a ultrapassar 40 horas de trabalho. Muitos reclamaram de trabalhar à noite e, a maior parte deste período, esteve entre dez e quatorze anos de trabalho noturno. A falta de recursos materiais e estrutura ambiental precária também contribuem para o desgaste mental, bem como os baixos salários. Os distúrbios verificados nos artigos iam desde um simples desgaste emocional até mesmo uma grande sobrecarga emocional. Portanto, a equipe de enfermagem deve promover seu autocuidado, uma vez que, a prevenção de comorbidades refletirá sobre o seu processo saúde e doença. Já o poder público e gestores podem criar políticas e programas institucionais para melhoria da qualidade de vida e condições dignas de trabalho.__________________________________________________________________________________________________________ ABSTRACT: Nurses play an extraordinary role in patient care; however, their mental health is also likely to be affected and compromise the quality of care, because many nurses have excessive work hours, are not professionally recognized, are always dealing with suffering and Death, among others. Thus, this study aims to present and discuss the findings of the literature regarding the mental health of nurses working in the hospital context, through studies published within the time frame from 2011 to 2016. The present study was carried out from an integrative review Of the literature, in the Virtual Health Library, in the electronic databases: Nursing database and Latin American and Caribbean Literature in Health Sciences. The inclusion criteria were: articles, available, with indexed Portuguese texts, with abstract "Workers' health", "nurse", "mental health" and "hospital". After the filters used were selected 08 articles. It was found that the critical areas of hospitals such as the CME is a place where many nurses work in exhaustive workloads, since most of them have more than one employment relationship, reaching over 40 hours of work. Many complained of night work, and most of this time was between ten and fourteen years of night work. Lack of material resources and poor environmental structure also contribute to mental waste as well as low wages. The disorders found in the articles ranged from a simple emotional exhaustion to a great emotional overload. Therefore, the nursing team should promote their self-care, since, the prevention of comorbidities will reflect on their health and disease process. Public authorities and managers can create policies and institutional programs to improve the quality of life and decent working conditions.