Mordida cruzada posterior: diagnóstico e tratamento precoce

Abstract

Devido à grande prevalência da Mordida Cruzada Posterior na dentição decídua e mista, o diagnóstico e a sua intervenção precoce são de fundamental importância para toda uma população que pode ser acometida por esse problema. Desta forma, o estudo teve como objetivo conhecer como a literatura tem abordado o diagnóstico e o tratamento precoce da mordida cruzada posterior. Verificou-se, ainda, quais as principais causas da mordida cruzada posterior, bem como verificou-se fatores essenciais que facilitam o diagnóstico precoce e também foram identificados os tipos de tratamento que podem minimizar os efeitos da mordida cruzada. A pesquisa se deu através uma revisão de literatura integrativa realizada através das bases de dados eletrônicas da biblioteca Scientific Electronic Library on Line e da Biblioteca Regional de Medicina, tendo como palavras-chave: má oclusão, mordida cruzada posterior, diagnóstico, tratamento precoce. Os critérios de inclusão dos artigos foram: disponibilidade eletrônica na íntegra; idioma português; período de publicação entre 2011 e 2017. A partir da análise dos 17 artigos selecionados, obteve-se que as principais causas da mordida cruzada posterior são: hábitos bucais deletérios, amamentação não-exclusiva nos 6 primeiros meses de vida, perda precoce de dentes decíduos devido a lesões extensas de cárie, fatores hereditários e problemas respiratórios. Quanto aos fatores facilitadores para o diagnóstico precoce observou-se uma escassez de informações a esse respeito, mas o cuidado durante a realização da anamnese e dos exames clínicos e complementares foi apontado como fundamental. Remoção dos hábitos, manutenção dos espaços perdidos, pistas planas e expansão rápida da maxila foram os principais achados a respeito dos tipos de tratamento que podem minimizar a mordida cruzada posterior. Nesse contexto, portanto, pode-se perceber que medidas preventivas e interceptativas favorecem a eliminação ou diminuição do problema e quanto mais precoce for a intervenção, melhores serão os prognósticos dos pacientes