Acolhimento das urgências/emergências na estratégia saúde da família dentro do contexto da atenção básica: revisão de literatura

Abstract

O acolhimento significa a humanização do atendimento, que pressupõe a garantia de acesso a todas as pessoas. Diz respeito, ainda, a escuta de problemas de saúde do usuário, de forma qualificada, dando-lhe sempre uma resposta positiva e responsabilizando com a resolução do seu problema. A responsabilização para com o problema de saúde vai além do atendimento propriamente dito, diz respeito também ao vínculo necessário entre o serviço e a população usuária. A Estratégia Saúde da Família dentro do contexto da Atenção Básica é de extrema importância por ser considerada a porta de entrada do usuário nos serviços de saúde, coordenadora do cuidado e ordenadora dos serviços em saúde. Nesse sentido a reformulação da Política Nacional de Atenção as Urgências estabeleceu as Rede de Atenção as Urgências no Sistema Único de Saúde e destaca Atenção Básica de Saúde como um de seus principais componentes que deve estar articulada com outros pontos de atenção à saúde. A Estratégia Saúde da Família objetiva assegurar a primeira assistência ás urgências/emergências até que seja realizado o correto encaminhamento para outros níveis de assistência, tendo em vistas que estas ações devem acontecer em conjunto com a prática do acolhimento, avaliação de riscos e vulnerabilidade. O estudo tem como objetivo geral: Conhecer como a literatura tem abordado o acolhimento das urgências/emergências na Estratégia Saúde da Família dentro do contexto da Atenção Básica. Trata-se de uma revisão de literatura. Foram escolhidos artigos na base de dados da Biblioteca Virtual em Saúde. Os descritores utilizados foram “Atenção Básica”, “Urgência”, “Emergência” e “Atendimento” no período compreendido entre 2010 a 2017. Para a análise dos dados, foi utilizada a técnica da análise de conteúdo de Minayo. Os resultados foram descritos a partir de três categorias.A primeira categoria- Prática do acolhimento de urgência e emergência no âmbito Estratégia Saúde da Família, identificou que apesar dos esforços ainda existem diversos desafios a serem enfrentados para que a Atenção Básica possa desenvolver com eficiência o seu papel de ordenadora e coordenadora dos serviços em especifico o acolhimento as urgências e emergências. A segunda categoria- Fluxo de atendimento e condutas adotadas em situações de urgência/ emergência na Estratégia Saúde da Família revelou a não adesão de um fluxo organizado padronizado no que diz a respeito do acolhimento com classificação de risco e avaliação de vulnerabilidades, o que resultou em um serviço de atenção à saúde fragmentada que sobrecarrega outros pontos de atenção, assim como um serviço de referência e contra-referência deficiente. A terceira categoria- Dificuldades para o acolhimento de urgência /emergência na Estratégia Saúde da Família identificaram a falta de capacitação por partes dos profissionais e dificuldades em reconhecer e intervirem sobre as situações de urgência e emergência; ausência de médicos nas unidades, busca por partes dos usuários de assistência centrada no médico e na medicalização, não reconhecimento dos usuários acerca do acolhimento as urgências e emergências na Estratégia Saúde da Família; insuficiência de recursos humanos e materiais e inadequações de estrutura física. Portanto é de extrema importância o fortalecimento de políticas voltadas para urgência e emergência no sentido de fortalecer os vínculo entre profissionais e usuários, capacitar as equipes da Estratégia Saúde da Família, estabelecer fluxograma e protocolos de acolhimento com classificação de riscos em todas as unidades e fornecer os subsídios necessários como recursos materiais humanos, adequação de estruturas físicas, para que os cuidados em saúde aconteça de forma articulada, ágil, integral e resolutiva.____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ABSTRACT: The host means the humanization of care, which presupposes a guarantee of access to all people. Concerns, still, listening for health problems, so qualified, giving him a positive response and blaming with your resolution problem. Accountability for the problem goes beyond health care itself, with respect to the necessary connection between the service and the user population. Basic Health Care (AB) within the context of the Family Health Strategy (ESF) is extremely important because it is considered the user's gateway to health services, coordinator of care and ordering of health services. In this sense, the reformulation of the National Policy of Attention to the Emergencies (PNAU) established the Network of Attention to the Urgencies in the Unified Health System (SUS) and emphasizes Basic Health Care as one of its main components that must be articulated with other points of attention the health. The ESF aims to ensure the first assistance to emergencies / emergencies until the correct referral to other levels of assistance is made, taking into account that these actions must occur in conjunction with the practice of reception, risk assessment and vulnerability. The objective of the study is: To know how the literature has approached the emergency / low complexity emergency in Primary Care within the context of the Family Health Strategy. It is a review of the integrative literature. Articles were selected from the Virtual Health Library (VHL) database. The descriptors used were "Basic Attention", "Urgency", "Emergency" and "Attendance" in the period from 2010 to 2017. For the data analysis, the Minayo content analysis technique was used. The results are described in 3 categories. The first category - Emergency and emergency placement in the ESF, identified that despite the efforts there are still several challenges to be faced so that AB can efficiently develop its role as authorizing officer and coordinator of the services in specific the reception the urgencies and emergencies. The second category-Flow of care and conduct adopted in emergency / emergency situations in the FHU revealed the non-adherence of a standardized organized flow regarding host with risk classification and vulnerability assessment, which resulted in a service of attention to fragmented health that overloads other points of attention, as well as a service of reference and against poor reference. The third category- Difficulties for urgent / emergency care in the FHP identified the lack of capacity building by professionals and difficulties in recognizing and intervening in emergency and emergency situations; absence of physicians in the units, search for parts of the users of physician-centered assistance and medicalization, non-recognition of the users about the reception of emergencies and emergencies in the FHS; insufficiency of human and material resources and inadequacies of physical structure.Therefore, it is extremely important to strengthen urgency and emergency policies in order to strengthen the link between professionals and users, train ESF teams, establish flowchart and host protocols with risk classification in all units and provide the subsidies necessary as material human resources, physical structures adequacy, so that the health care happens in an articulated, agile, integral and resolutive way.