Conhecimento de gestantes acompanhadas em unidades de saúde da família sobre sífilis/sífilis congênita

Abstract

A Sífilis tem sido um grande problema de saúde pública e recentemente teve um crescimento significativo de casos identificados no país, apesar de ser susceptível à prevenção e seu tratamento ser de baixo custo, a falta de controle sobre a doença e as implicações sociais, como falta de escolaridade, dificuldades de acesso aos serviços básicos de saúde e acompanhamento pré-natal, fazem com que o diagnóstico, o tratamento e a falta de notificação ou notificação incorreta falhem ao seu combate. O objetivo dessa pesquisa foi analisar o conhecimento das gestantes acompanhadas em unidades de saúde da família sobre sífilis/sífilis congênita. Como metodologia a pesquisa contempla a natureza descritiva de abordagem qualitativa. As participantes do estudo foram 18 gestantes que estavam em acompanhamento no pré-natal nas Unidades de Saúde da Família do município. A coleta de dados foi realizada por meio de entrevista semiestruturada, complementando as entrevistas foi realizada uma análise dos registros encontrados na caderneta das gestantes, fazendo-se uma análise documental. Foi utilizada a análise de conteúdo de Minayo que é dívida em três etapas a pré analise, exploração do material e tratamento dos dados. A partir da análise dos resultados foram criadas 3 categorias, a saber: 1. Perfil sociodemográfico das gestantes acompanhadas em unidades de saúde da família; 2. Conhecimento das gestantes sobre as formas de transmissão, diagnóstico tratamento e métodos de prevenção sobre sífilis/sífilis congênita; 3. Averiguar na caderneta das gestantes a realização dos testes diagnósticos e orientações recebidas. Ao analisarmos o conhecimento das gestantes acompanhadas em unidades de saúde da família sobre sífilis/sífilis congênita, observou-se que durante as entrevistas grande parte das mulheres apresentaram duvidas e questionamentos tanto sobre a sífilis como sobre outras IST que são testadas durante o acompanhamento pré-natal e que das 18 mulheres entrevistadas nesta pesquisa apenas uma não tinha recebido as orientações, pois afirmou ser a primeira consulta, as demais afirmaram receber as orientações das enfermeiras sobre os exames e caderneta da gestante. Chama atenção o fato de que o conhecimento das gestantes sobre a sífilis e sua forma congênita não proviam das orientações recebidas durante o Pré-natal realizado com a enfermeira, além de possuírem muito pouco conhecimento sobre as formas de transmissão, diagnóstico e tratamento que são essenciais para redução da doença no mundo.