Casos de bullying: estudo de caso no 7º ano nas aulas de educação física em uma escola da rede estadual de Sapeaçu-Ba

Abstract

A agressividade nas escolas é um problema recorrente que precisa ser controlado. Sabemos que esta agressividade é expressa através de atos de bullying, o qual pode ser definido como uma forma de afirmação de poder interpessoal através da agressão. O autor de bullying vê sua agressividade como qualidade, tem opiniões positivas sobre si mesmo, geralmente é mais forte que seu alvo e sente prazer e satisfação em dominar, controlar e causar danos e sofrimentos a outros. Percebe-se, assim, que os atos de bullying têm consequências negativas tanto para as vítimas como para os agressores e observadores, uma vez que atitudes violentas podem causar danos físicos e psicológicos a todos que convivem em um ambiente de hostilidade. Por entender que os atos de bullying devem ser absolutamente combatidos no ambiente escolar para evitar que os discentes sejam prejudicados no seu processo de formação, objetivou-se com este estudo identificar os casos de bullying nas aulas de Educação Física, de uma escola da rede Estadual de Sapeaçu-BA. Especificamente, pretendeu-se compreender as causas de agressão no âmbito escolar; identificar as ações preventivas aplicadas pelo professor de Educação Física quanto ao bullying; como também entender como o bullying afeta o processo de ensino aprendizagem. Quanto aos procedimentos metodológicos para a realização desta pesquisa, adotou-se um estudo de caso, de natureza qualitativa, em uma escola da rede Estadual de Sapeaçu-BA, em uma turma do 7º ano do ensino fundamental, nas aulas de Educação Física. Como instrumento de coleta de dados, foi o utilizado de questionários aplicado ao professor desta disciplina, assim como gestor e alunos com o propósito de se aproximar do objeto de estudo. Diante das análises, os resultados apontam a existência de violência no ambiente escolar nas aulas de Educação Física, destacando que os tipos de bullying que ocorrem com mais frequência são o verbal e o físico. A pesquisa constata também que existe uma grande rejeição e exclusão dos colegas em relação aos alunos que não mostram ser muito habilidosos na prática esportiva, os quais são intimidados com apelidos depreciativos e humilhantes. Frente aos dados, percebe-se que na escola pesquisada não existe um programa especifico contra o bullying, sendo que, as atitudes que são tomadas quando o problema é identificado são, em primeiro lugar, informar a direção, e a mesma tem o papel de informar aos pais e demais professores, e, em segundo lugar, organizar uma roda de conversa para conscientizar os alunos das consequências desse ato.