Violência obstétrica: concepções e práticas das enfermeiras da unidade de saúde da família

Abstract

A violência obstétrica pode ser expressa pela negligência na assistência ao pré-natal, ressaltando discriminação social, violência verbal, física e psicológica, o uso inadequado de tecnologias e a adoção de procedimentos durante o ciclo gravídico-puerperal sem o consentimento explícito e informado da gestante/parturiente, ferindo os princípios dos direitos individuais da mulher. Nesse contexto, o estudo teve como objetivo conhecer a concepção e práticas das enfermeiras sobre a violência obstétrica nas unidades de saúde da família, durante a assistência no ciclo gravídico-puerperal. O estudo contempla uma pesquisa descritiva e qualitativa, desenvolvida com sete enfermeiros em sete unidades de saúde a família de um município do recôncavo da Bahia, após assinatura do termo de consentimento livre esclarecido sobre o parecer de número 2.533.990, foi aplicado um formulário com onze questões. A pesquisa ocorreu no período de fevereiro a junho de 2018. Para analisar as informações coletadas em campo, foi utilizada a análise de conteúdo de Minayo. No qual emergiram três categorias, sendo elas caracterização das participantes/enfermeiras, concepção e práticas das enfermeiras sobre violência obstétrica nas unidades de saúde da família e educação em saúde: uma ferramenta para empoderar as gestantes da USF a respeito da violências obstétricas. Os resultados apontam que as participantes são 100% do sexo feminino e que detém conhecimento sobre a temática violência obstétrica, como também existe a preocupação em informar as pacientes acerca da temática através de sala de espera, roda de gestantes e durante as consultas de pré-natal. A pesquisa foi bastante relevante pois possibilitou entender que a implementação de ações e práticas educativas na atenção à saúde da gestante e puérpera além de ampliar as ações relacionadas a violência obstétrica, busca subsidiar as ações relacionadas as violência obstétrica, buscando sempre o cuidado integral e qualidade de vida.