Reimplante dentário tardio em criança e follow up de 04 anos

Abstract

O traumatismo dentário é uma das principais causas de perda de dentes permanentes anteriores. Em grande parte dos casos de traumatismos, em que há avulsão do dente, recomenda-se reimplantá-lo no alvéolo correspondente. Seja imediato ou tardio, o reimplante é executado objetivando recuperar a estética e função comprometidas, além de preservar a estrutura óssea. Trata-se de um método de tentativa e que o prognóstico depende em especial do tempo transcorrido após o trauma, a terapia realizada e a idade do paciente. O trabalho teve como objetivo relatar um caso de reimplante dentário tardio, com acompanhamento por imagem (radiografia digital e tomografia) durante quatro anos, em criança de oito anos de idade. A realização do caso foi feita após 7 dias do trauma. Foi estabelecida a seguinte sequência de protocolo do reimplante: unidade dentária mantida em solução fisiológica durante 24h, remoção do tecido periodontal remanescente, endodontia da unidade, proteção radicular com flúor, procedimento cirúrgico no alvéolo, reimplante dentário, esplintagem. O resultado do caso foi muito positivo, tendo em vista que já possui quatro anos que foi realizado o procedimento, no qual o dente vem se mantendo em boca, mantendo o espaço do dente e a estética do paciente, para posteriormente o mesmo ser substituído por uma prótese e/ou implante. Levando-se em consideração o fato da avulsão dentária ser frequente em crianças e ter aumentado ao longo dos anos, quer seja pela prática de esportes, queda, ou acidentes de moto, bicicleta, automóvel, entre outras causas, todos eles são fatores que contribuem para aumentar a ocorrência desses traumas. Sendo assim, o conhecimento da técnica de reimplante dentário, seja ele imediato ou tardio, é de suma importância por se tratar de uma conduta conservadora. O reimplante dentário permite preservar, pelo maior tempo possível em boca, a unidade dentária avulsionada, mantendo assim o adequado estado psicológico do paciente, por conservar a estética e função dentária, evitando, principalmente naqueles pacientes em que o tratamento por implante e/ou por prótese ainda não são possíveis de serem realizados.