Implicações éticas da publicidade e propaganda na era digital: concepções de alunos e professores do curso de odontologia

Abstract

O Brasil é o país com maior número de cirurgiões-dentistas do mundo, e essa quantidade de profissionais atuando na mesma região gera concorrência e rivalidade, forçando-os a procurar métodos de divulgar e oferecer serviços odontológicos que alcance o maior número de clientes. A crescente acessibilidade ao mundo digital e o aumento dos usuários das redes sociais possibilitou aos cirurgiões-dentistas uma importante ferramenta, a do marketing digital, devido a sua capacidade de interação em tempo real com o público, e baixo custo. Nesse contexto, o estudo tem como objetivo analisar o conhecimento de professores e alunos do curso de Odontologia, de uma instituição privada do Recôncavo da Bahia, acerca das implicações éticas da publicidade e propaganda na era digital. O estudo é descritivo de abordagem quantitativa. O procedimento metodológico foi realizado um estudo de análise descritiva de dados coletados através de questionários aplicados diretamente aos 38 docentes e 63 discentes. Para a análise dos dados foi utilizada a técnica descritiva dos dados coletados. Este projeto foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa (CEP/FAMAM). Os resultados mostraram que 76,2% (n=48) já observou alguma infração nas redes sociais com base na Lei 5.081/66 e o Código de Ética Odontológica (CEO), enquanto 22,8% (n=15) nega ter visto. No que se refere a expor imagens de antes e depois para se promover, 33,3% (n=21) dos discentes afirmam que expor essas imagens para se promover é correto, e 66,7% (n=42) diz o contrário. Quando questionados sobre se já cometeram alguma infração de acordo com o CEO, 29,2% dos docentes afirmam ter infligido a lei, enquanto 70,8% não cometeram. Conclui-se que atualmente o número de cirurgiões-dentistas infligindo o que é preconizado com base na lei 5.081/66 e CEO é alto com base nisso é necessário que o profissional tenha consciência e utilize o marketing digital de forma correta como esta lei e o CEO preconizam.