Lesões cervicais não cariosas e tratamentos: uma revisão de literatura

Abstract

A incidência de lesões cervicais não cariosas vem aumentando significativamente, acometendo os tecidos duros dentários na região cervical, comprometendo principalmente a área entre o cemento e esmalte dentário. As lesões cervicais não cariosas são originadas pela Abfração, Abrasão e Erosão, e normalmente os fatores que influenciam no aparecimento e desenvolvimento da mesma, são os hábitos pára funcionais, ação química, atos traumáticos, e dessa forma, atuando com intensidade, duração e frequências variáveis de modo isolado ou em associação entre si. A lesão cervical não cariosa caracterizada pela Abfração ocorre pela perda das estruturas dentárias decorrente da flexão da coroa durante a oclusão que podem progredir com outro fator coadjuvante, assim como a abrasão que é gerada por forças mecânicas e erosão por dissoluções ácidas que por sua vez, acarreta consequentemente, um comprometimento da região periodontal e assim, atingindo até mesmo o tecido periapical e danificando essa área atingida. No entanto, existem inúmeros tratamentos para os danos causados por essas lesões cervicais não cariosas que comprometem o periodonto e tecido duro do dente, entre elas, estão às restaurações, dessensibilizantes como mecanismo de ação, e cirurgia de tecido conjuntivo, promovendo dessa forma, a interrupção da dor gerada pela raiz exposta e favorecendo a estética. Dessa maneira, o presente estudo tem como objetivo, analisar na Literatura as Lesões Cervicais não Cariosas e tratamentos. A pesquisa bibliográfica constou de publicações nos bancos de dados eletrônicos Scielo e na Biblioteca Virtual em Saúde, considerando publicações entre janeiro do ano de 2013 a dezembro de 2017. Os descritores utilizados foram periodonto, abrasão dentária, abfração dentária e erosão dentária. Foram analisadas um total de 15 publicações. Os resultados mostram a necessidade de realização de mais pesquisas sobre tratamento de lesões cervicais não cariosas associadas à lesão periodontal, pois ainda não existe um protocolo com resultados eficazes na literatura.